NOVA YORK (Reuters) - A escolha do presidente-eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de especialistas para focar em novas políticas na Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) sinaliza um regime que terá um toque mais leve nas regulamentações e será mais favorável a grandes fusões nos setor de telecomunicações, disseram analistas.
O Economista Jeff Eisenach e o ex-lobista da Sprint, Mark Jamison, foram nomeados pela equipe de transição de Trump para supervisionar contratações e as políticas da FCC. Ambos se opõem a algumas recentes regulamentações do setor de telecomunicações, às quais grandes empresas de telecomunicações e TV a cabo como Comcast Corp (NASDAQ:CMCSA) e AT&T e já expressaram apoio a grandes fusões no passado.
A FCC é formada por cinco comissários, incluindo um designado como presidente do conselho, que são indicados pelo presidente e confirmados pelo Senado. Apenas três comissários podem ser do mesmo partido político e a escolha de Trump para o presidente do conselho da FCC fará a balança perder em favor dos republicanos.
As duas indicações são precursoras de uma "FCC mais tipicamente republicana, que é mais leve com regulamentações e mais focada em competição", disse o analista da Recon Analytics, Roger Entner. "O foco será mais na redução da regulamentação do que em criar novas regras".
Isto seria um contraste acentuado em relação à administração do presidente Barack Obama sobre a FCC, que promulgou uma série de novas regras do setor e desaprovou algumas propostas de fusão, incluindo a oferta da Comcast pela Time Warner e a tentativa da AT&T de comprar a T-Mobile.
(Por Malathi Nayak; reportagem adicional por Diane Bartz)