A Premier League investiga o Manchester City por 115 supostas violações das regras do campeonato inglês. Inicialmente, o julgamento estava previsto para novembro, a 1ª audiência sobre o caso vai ser realizada em setembro, segundo informações do jornal The Times. O julgamento, que deve durar 10 semanas, deve ser finalizado no início de 2025.
O Manchester City pode receber uma dedução de pontos no campeonato, multas financeiros ou o até mesmo o rebaixamento, caso as acusações mais graves forem confirmadas.
Dentre as alegações, estão a falta de fornecimento de informações financeiras precisas por 9 temporadas distintas, a omissão de detalhes sobre os pagamentos ao ex-técnico Roberto Mancini durante suas 4 temporadas no clube (2009-2013), e a falta de transparência na remuneração de jogadores, incluindo o ex-meio-campista Yaya Touré, ao longo de 6 temporadas (2010-2011 a 2015-2016).
Além disso, o clube não cooperou com a investigação da Premier League, ao não entregar documentos exigidos durante 5 temporadas (2018-2019 a 2022-2023).
Investigação começou em 2018
A investigação da Premier League começou em 2018, após a publicação de documentos pelo Football Leaks na revista alemã Der Spiegel. Esses documentos incluíam contratos de Mancini, acordos de direitos de imagem envolvendo o agente de Touré, e e-mails que sugeriam pagamentos de patrocínio diretos pelos proprietários do City.
Em 2019, a UEFA baniu o clube de competições europeias. No entanto, o TAS (Tribunal Arbitral do Esporte) anulou a decisão, pois considerou que algumas das acusações já haviam prescrito.
Clube comprado por sheik
Em 2008, o Sheik Mansour bin Zayed al-Nahyan comprou o Manchester City. Com uma fortuna estimada pela Forbes em US$ 41 bilhões, proveniente principalmente do petróleo, ele também é acionista da Ferrari e desempenhou um papel crucial na inclusão do Grande Prêmio de Abu Dhabi no calendário da Fórmula 1.