Por Brian Love
PARIS (Reuters) - A França se preparou para mais confrontos entre manifestantes e batalhões de choque da polícia em Paris nesta quinta-feira depois que o governo voltou atrás e autorizou um protesto de rua convocado por sindicatos contra um projeto de reforma que pretende simplificar os processos de contratações e demissões no país.
No momento em que a força policial já está sobrecarregada com as exigências do estado de emergência vigente no país desde os ataques de militantes islâmicos em Paris em novembro, mais de dois mil policiais serão mobilizados ao redor da Praça da Bastilha para controlar a passeata.
Devido aos episódios de violência e vandalismo contra propriedades ocorridos em meio a manifestações nas últimas semanas, trabalhadores retiraram paineis de vidro de pontos de ônibus e ergueram barreiras de aço ao longo da rota da marcha, e a estação de metrô da Bastilha será fechada.
Os protestos contrários a um projeto de lei que afrouxaria as leis rígidas que protegem os direitos dos trabalhadores puseram em choque o governo impopular do presidente francês, François Hollande, e o sindicato linha-dura CGT, que luta para se firmar como o mais poderoso da nação.
Nenhum dos lados quer ceder e sair chamuscado do impasse, que já dura meses.