Por Trevor Hunnicutt, Susan Heavey e Andrea Shalal
WILMINGTON/WASHINGTON (Reuters) - Um dia depois de conquistar a Presidência dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden e seus assessores estavam trabalhando no domingo sobre como lidar com a crise do coronavírus, ao mesmo tempo em que reforçaram a intenção de contornar as enormes divisões políticas no país.
O republicano Donald Trump, primeiro presidente em exercício dos EUA a perder uma disputa à reeleição em 28 anos, não deu nenhuma indicação de admitir a derrota, enquanto sua equipe eleitoral avançava com disputas jurídicas contra o resultado.
Em demonstração da difícil batalha que Biden enfrentará depois de assumir o cargo em 20 de janeiro no trabalho com parlamentares do partido de Trump, os principais republicanos no Congresso ainda não haviam reconhecido o ex-vice-presidente como vencedor.
Em discurso no seu Estado natal, Delaware, na noite de sábado, Biden enviou uma mensagem de unidade e conciliação, declarando que é "hora de curar" o país e de alcançar norte-americanos que votaram em Trump e republicanos no Congresso.
"O trabalho começa imediatamente", disse a vice-gerente de campanha de Biden, Kate Bedingfield, neste domingo, ao programa "Meet the Press", da NBC.
Biden deixou claro no sábado que combater a pandemia é uma prioridade. Bedingfield disse que Biden planeja lançar uma força-tarefa contra o coronavírus na segunda-feira para traçar o caminho a seguir, liderada pelo ex-cirurgião-geral Vivek Murthy e pelo ex-comissário da Food and Drug Administration David Kessler.
Ao abordar a pandemia, Biden prometeu melhorar o acesso aos testes e, ao contrário de Trump, acatar os conselhos de cientistas e importantes autoridades da saúde pública.
Cerca de 10 milhões de norte-americanos que perderam o emprego durante o confinamento permanecem inativos, e os programas de ajuda federal expiraram.
Biden e seus assessores também seguirão em frente com o trabalho de escolha das autoridades que farão parte do governo.
"Ele vai... começar o trabalho de transição para valer esta semana", afirmou Bedingfield. "Ele fará anúncios ao povo americano sobre como vai cumprir essas promessas de campanha."
Bedingfield acrescentou que Biden vai "realizar um mandato para unir o país --para unificar, baixar a temperatura, deixar de lado a dura retórica da campanha e realizar o árduo trabalho de governar".