Por Emma Farge
GENEBRA (Reuters) - O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta quarta-feira que está "esperançoso" de que a pandemia de Covid-19 não seja mais considerada uma emergência global no próximo ano. Seus comentários em um briefing com a imprensa ocorrem no momento em que a China desmantela suas restrições e permite que as pessoas convivam com o vírus, despertando temores de que a segunda maior economia do mundo enfrentará um aumento nas infecções. Um órgão da OMS se reúne a cada poucos meses para decidir se o novo coronavírus, que surgiu há três anos em Wuhan, na China, e matou mais de 6,6 milhões de pessoas, ainda representa uma “emergência de saúde pública de interesse internacional”. A designação visa desencadear uma resposta internacional coordenada e pode desbloquear financiamento para colaborar no compartilhamento de vacinas e tratamentos.
Questionada sobre as condições necessárias para o fim da designação, a epidemiologista sênior da OMS Maria Van Kerkhove disse: "Há mais trabalho a ser feito".
“Se há grandes segmentos da população que não foram vacinados, o mundo ainda tem muito trabalho a fazer”, afirmou o diretor de emergências da OMS, Mike Ryan, sobre o mesmo assunto.
(Reportagem de Emma Farge em Genebra)