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Conferência da ONU luta para encontrar meios de conter aquecimento global

Publicado 12.12.2014, 18:57
© Reuters. Presidente do Peru discursa em conferência do clima em Lima
MDSP
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Por Alister Doyle e Valerie Volcovici

LIMA (Reuters) - Cerca de 190 nações se viram em uma encruzilhada na hora de encontrar maneiras ousadas de conter o aquecimento global nesta sexta-feira, último dia da cúpula climática da Organização das Nações Unidas (ONU) em Lima, em meio a temores de que a falta de ambição possa minar a conferência do clima no ano que vem em Paris.

As reuniões entre 1 e 12 de dezembro, inauguradas com esperanças de um novo ímpeto depois do acordo climático entre a China e os Estados Unidos no mês passado, tiveram como foco o alcance das promessas que os países devem fazer no começo do ano que vem para lidar com o aquecimento global.

Estes compromissos nacionais, que têm como prazo informal 31 de março de 2015, serão a base de um acordo global a ser firmado na capital francesa em dezembro de 2015 e um passo adiante para reverter as crescentes emissões de gases do efeito estufa.

Entre as opções discutidas em Lima estavam desde obrigar as nações a publicar um esboço vago de seus planos para o carbono em um site da ONU a fazer com que todas forneçam projeções detalhadas das toneladas de gases de efeito estufa emitidas, que seriam analisadas por especialistas.

"Há o bom, o mau e o feio", disse Alden Meyer, da União dos Cientistas Preocupados, que afirmou que o "feio" seriam as ações vagas e o "bom", os relatórios detalhados. Os delegados dizem que as conversas podem muito bem seguir noite adentro e continuar no sábado.

Segundo o acordo anunciado com os EUA, a China prometeu que suas emissões chegarão ao auge em 2030, por exemplo, mas que não pode dar cifras exatas e que se opõe à ideia de uma análise de outros países.

Os EUA são favoráveis à supervisão, mas não estão insistindo para que os países estejam dispostos a endurecer seus planos caso sejam questionados. A União Europeia e muitos países em desenvolvimento querem relatórios detalhados de todos e uma análise rígida.

"Concordamos em encontrar o equilíbrio entre as várias opções", declarou a ministra alemã do Meio Ambiente, Barbara Hendriks.

Este ano caminha para se tornar o mais quente já registrado, e as perspectivas delineadas por um conselho de cientistas da ONU indicam que o mundo deve agir para cortar as emissões para zero antes de 2100.

Marlene Moses, de Nauru, presidente da Aliança dos Pequenos Estados-Ilha, que teme o aumento crescente no nível dos mares, criticou a relutância chinesa de fornecer informações completas.

Ela afirmou que a China estava dizendo: "'Vamos mostrar nossas cartas, mas não olhem'... estão nos pedindo para assinar um acordo que nos deixa debaixo da água. Não é justo conosco."

© Reuters. Presidente do Peru discursa em conferência do clima em Lima

Samantha Smith, do grupo de conservação WWF, disse haver um risco cada vez maior de nada além de ações tímidas, já que o pacto de Paris só deve entrar em vigor em 2020.

"Os líderes que estão nos cargos hoje não serão responsabilizados", declarou.

(Reportagem adicional de Mitra Taj e Marcelo Teixeira)

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