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BEIRUTE (Reuters) - Washington não pode "obrigar" Israel a fazer nada, disse nesta segunda-feira o enviado especial dos EUA, Thomas Barrack, em Beirute, ao responder pergunta sobre as exigências do Líbano aos EUA que garantam o fim dos ataques israelenses em território libanês.
No mês passado, os Estados Unidos propuseram um roteiro às principais autoridades do Líbano para desarmar totalmente o Hezbollah em quatro meses em troca da suspensão dos ataques israelenses e da retirada das tropas israelenses que ainda ocupam posições no sul do Líbano.
O Líbano solicitou a Washington que atuasse como garantidor de segurança -- para certificar a retirada total das tropas de Israel e a interrupção das operações de ataque contra membros do Hezbollah -- se o grupo armado começasse a entregar armas.
Questionado sobre essas garantias, Barrack disse a jornalistas após uma reunião com o primeiro-ministro libanês Nawaf Salam que os EUA "não têm o direito de tentar obrigar Israel a fazer nada".
Ele acrescentou que os EUA não estão forçando o Líbano a retirar as armas do Hezbollah ou considerando sanções contra autoridades libanesas caso o Hezbollah não seja desarmado.
"Não há consequência, não há ameaça, não há chicote", afirmou.
Barrack, um conselheiro de longa data do presidente dos EUA, Donald Trump, também atua como embaixador dos EUA na Turquia e enviado especial para a Síria.
Ele está em sua terceira viagem ao Líbano em pouco mais de um mês para discutir o roteiro dos EUA, que abrange o desarmamento de grupos armados não estatais, reformas econômicas há muito esperadas e melhoras nos laços com a vizinha Síria.
Israel e o Hezbollah travaram uma guerra de meses no ano passado, que terminou com uma trégua mediada pelos EUA, exigindo que os dois lados parassem de lutar, que Israel retirasse as tropas e que o Líbano ficasse livre de todas as armas não estatais, começando pela região sul, mais próxima da fronteira israelense.
Embora o Hezbollah tenha entregado algumas armas dos depósitos no sul do país ao exército libanês, Israel diz que o grupo está violando o cessar-fogo ao tentar se restabelecer.
O Líbano e o Hezbollah afirmam que Israel violou a trégua ao continuar a ocupar pelo menos cinco pontos de observação em uma faixa da fronteira libanesa e ao realizar ataques contra o que Israel diz serem membros do Hezbollah e depósitos de armas.
(Reportagem de Maya Gebeily)