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Por Jasper Ward
WASHINGTON (Reuters) - O Departamento de Estado dos Estados Unidos disse neste sábado que estava suspendendo todos os vistos de visita para indivíduos de Gaza enquanto conduz uma revisão "completa e minuciosa", uma medida que foi condenada por grupos pró-Palestina.
O departamento disse que "um pequeno número" de vistos médicos e humanitários temporários foi emitido nos últimos dias, mas não forneceu um número.
Os EUA emitiram mais de 3.800 vistos de visita B1/B2, que permitem que estrangeiros busquem tratamento médico no país, para portadores do documento de viagem da Autoridade Palestina até agora em 2025, de acordo com uma análise dos números mensais fornecidos no site do departamento.
Esse número inclui 640 vistos emitidos em maio.
A Autoridade Palestina emite esses documentos de viagem para residentes da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. O site do departamento não incluiu um detalhamento para os dois territórios.
A medida do Departamento de Estado de suspender os vistos de visita para pessoas de Gaza ocorre depois que Laura Loomer, ativista de extrema-direita e aliada do presidente Donald Trump, disse nas redes sociais na sexta-feira que "refugiados" palestinos haviam entrado nos EUA neste mês.
A declaração de Loomer provocou indignação entre alguns republicanos, com o deputado Chip Roy dizendo que iria se informar sobre o assunto e o deputado Randy Fine descrevendo-o como um "risco à segurança nacional".
O Conselho de Relações Americano-Islâmicas condenou a medida, dizendo que é o mais recente sinal da "crueldade intencional" do governo Trump.
Gaza tem sido devastada por uma guerra que foi desencadeada em 7 de outubro de 2023, quando o grupo militante palestino Hamas lançou um ataque contra Israel, matando 1.200 pessoas e fazendo 251 reféns, de acordo com dados israelenses.
A ofensiva de Israel contra o Hamas em Gaza desde então matou mais de 61.000 palestinos, de acordo com autoridades de saúde locais.
Os EUA não têm indicado que aceitarão os palestinos deslocados pela guerra. No entanto, fontes disseram à Reuters que o Sudão do Sul e Israel estão discutindo um plano para reassentar os palestinos.