GAZA (Reuters) - O grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, condenou neste sábado os ataques de islâmicos armados na França ocorridos nesta semana, dizendo que não há "justificativa para matar inocentes".
A facção palestina islâmica, designada como uma organização terrorista por países ocidentais, também desafiou as "tentativas desamparadas" de comparar as suas atividades à violência na França.
No pior ataque à segurança nacional da França em décadas, 17 vítimas perderam as vidas em três dias de violência que começaram com o ataque ao jornal semanal satírico Charlie Hebdo, na quarta-feira, e terminou com os dois cercos em uma loja fora de Paris e outra judaica dentro da cidade.
"(Hamas) sublinha que a sua posição sobre os eventos de Paris está na linha com o comunicado emitido pela União Internacional de Muçulmanos, que condenou o ataque contra o jornal Charlie Hebdo e que qualquer diferença de opinião não é justificativa para matar inocentes", disse o Hamas, em um raro comunicado escrito em francês.
Militantes islâmicos de Gaza liderados pelo Hamas, cuja carta de intenções inclui a promessa de destruir Israel, lutaram uma guerra de 50 dias contra forças israelenses que terminou em agosto.
De acordo com o ministro da Saúde da Palestina, mais de 2.100 palestinos, a maioria deles civis, foram mortos. Outros 67 soldados israelenses e seis civis em Israel também morreram.
O Hamas acrescentou em seu comunicado que os israelenses deveriam ser julgados por crimes de guerra e condenou as "tentativas desamparadas" do primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de traçar paralelos entre "a resistência do nosso povo de um lado e o terrorismo ao redor do mundo do outro". OLBRWORLD Reuters Brazil Online Report World News 20150110T185447+0000