DUBAI (Reuters) - O Judiciário do Irã fechou duas filiais de organizações ligadas à Alemanha devido a "atividades ilegais e fraudes financeiras", segundo a agência de notícias do Judiciário, a Mizan, em uma ação pela qual Berlim protestou convocando o embaixador iraniano.
A Mizan publicou fotos nesta terça-feira de forças de segurança removendo o banner do Instituto de Língua Alemã de Teerã, que está ligado à embaixada alemã.
"Além disso, houve relatos de violações por outros centros afiliados à Alemanha e as investigações sobre esse assunto estão em andamento", acrescentou a Mizan.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha condenou as ações contra o instituto de idiomas em um comunicado, que não mencionou outras organizações.
O embaixador de Teerã seria convocado por causa do incidente, disse o porta-voz, acrescentando: "Pedimos ao novo governo iraniano que permita que o ensino seja retomado imediatamente".
Em julho, a Alemanha baniu o Centro Islâmico de Hamburgo (IZH) e organizações subsidiárias por "buscarem objetivos islâmicos radicais", de acordo com o Ministério do Interior.
O ministério disse que o Centro agiu como um representante direto do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, e procurou provocar uma revolução islâmica na Alemanha.
Após o fechamento do Centro, o Irã convocou o embaixador alemão em Teerã.
(Reportagem de Elwely Elwelly e Rachel More)