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RIGA (Reuters) - O presidente da Letônia, Edgars Rinkēvičs, pediu à Otan neste sábado que aumentasse sua proteção aos Estados Bálticos, citando violações russas do espaço aéreo da aliança e se somando a um apelo semelhante da Lituânia.
Líderes europeus disseram que a Rússia violou repetidamente o espaço aéreo da Otan. Isso ocorreu inclusive nos Estados Bálticos e na Polônia, onde no início deste mês cerca de 20 drones russos entraram no espaço aéreo, levando os jatos da Otan a abater alguns deles.
"A Rússia continua um padrão de provocações, mais recentemente violando imprudentemente o espaço aéreo da Polônia e da Estônia", disse Rinkēvičs em uma reunião do comitê militar da Otan na capital da Letônia, Riga.
"Transformar o policiamento aéreo do Báltico em uma missão de defesa aérea do Báltico com as respectivas regras de engajamento deve ser uma prioridade", disse ele.
A ministra da Defesa da Lituânia, Dovile Šakalienė, disse no início deste mês que Vilnius preparou um documento de posicionamento sobre uma mudança na missão para incluir capacidades adicionais, "como recursos de defesa aérea baseados em solo, sensores e detectores".
A Rússia contestou que jatos russos tenham violado o espaço aéreo da Estônia e disse que seus drones não planejavam atingir alvos na Polônia.
Jatos da Otan patrulham os céus dos Estados Bálticos desde 2004 e estão de prontidão para decolar e interceptar aeronaves que invadam o espaço aéreo da aliança ou voem perto de suas fronteiras.
Após o incidente na Polônia, a Otan lançou uma operação chamada Sentinela Oriental para reforçar as defesas ao longo de todo o seu flanco oriental. Mas autoridades bálticas disseram que ainda precisam de mais proteção.
A Otan toma decisões por consenso entre seus 32 membros e ainda não respondeu aos apelos para mudar a missão. A organização não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Rinkēvičs.
Há pouco mais de uma semana, a Estônia informou que três caças russos MiG-31 violaram seu espaço aéreo por 12 minutos antes que caças da Otan os escoltassem para fora.
(Reportagem de Andrew Gray e Andrius Sytas)