BBAS3: Banco do Brasil sobe antes do balanço; hora da virada ou ajuste técnico?
Por Lili Bayer e Andrew Osborn
BRUXELAS (Reuters) - Os ucranianos precisam ter a liberdade de decidir seu próprio futuro, afirmaram os países membros da União Europeia na terça-feira, posicionando-se antes das conversas entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na sexta-feira.
Os líderes europeus e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, planejam falar com Trump na quarta-feira, antes da cúpula no Alasca, em meio a temores de que Washington, até então principal fornecedor de armas da Ucrânia, possa ditar termos de paz desfavoráveis a Kiev.
"Negociações significativas só podem ocorrer no contexto de um cessar-fogo ou redução das hostilidades", disseram os líderes de todos os países da UE, exceto a Hungria, em um comunicado conjunto, acrescentando: "Compartilhamos a convicção de que uma solução diplomática tem de proteger os interesses vitais de segurança da Ucrânia e da Europa."
Trump tem dito que qualquer acordo de paz envolveria "alguma troca de territórios para o benefício tanto da Rússia quanto da Ucrânia", o que causou consternação em Kiev e nas capitais europeias, já que praticamente todo o território em questão é ucraniano.
O mapa de guerra reconhecido do DeepState da Ucrânia mostrou que a Rússia havia subitamente avançado para o norte em até 10 km em duas frentes perto de Dobropillia, próxima de seu principal alvo, Pokrovsk, em seu esforço para assumir o controle total da região de Donetsk.
Tatarigami_UA, um ex-oficial ucraniano que acompanha o conflito, postou no X que "tanto em 2014 quanto em 2015, a Rússia lançou grandes ofensivas antes das negociações para ganhar vantagem. A situação atual é grave, mas está longe do colapso que alguns sugerem".
Enquanto isso, as Forças Armadas de Kiev afirmaram ter retomado dois vilarejos na região de Sumy, no leste do país, na segunda-feira, parte de uma pequena reviravolta em mais de um ano de lentos ganhos russos no sudeste.
A Rússia, que lançou sua invasão em grande escala da Ucrânia em fevereiro de 2022, montou uma nova ofensiva este ano em Sumy, depois que Putin exigiu uma "zona tampão" no local.
Kiev e seus aliados europeus temem que Trump, ansioso para reivindicar o crédito por fazer a paz e fechar acordos comerciais com Moscou, possa de fato recompensar a Rússia por 11 anos de esforços para tomar o território ucraniano, sendo os últimos três em guerra aberta.
(Reportagem de Lili Bayer, Sudip Kar-Gupta, Lidia Kelly, Krisztina Than, Andrew Osborn e Pavel Polityuk)