Por Alexander Winning
JOHANESBURGO (Reuters) - Manifestantes revoltados com uma propaganda considerada racista da rede H&M (ST:HMb) saquearam diversas lojas da marca sueca de roupas na África do Sul neste sábado.
O grupo Combatentes pela Liberdade Econômica (EFF, na sigla em inglês) teve como alvo seis lojas da H&M na província de Gauteng, onde fica a cidade de Johanesburgo, o polo econômico da África do Sul, destruindo vidraças e espalhando roupas, disse a polícia.
Em um dos casos, policiais tiveram que disparar balas de borracha para dispersar os manifestantes, acrescentou a polícia.
A H&M emitiu no início da semana um comunicado pedindo desculpas pelo anúncio, bastante criticado em todo mundo, que apresentava uma criança negra exibindo uma camisa com a frase "o macaco mais legal da selva". A loja também disse que removeu a peça do mercado.
Mas Mbuyiseni Ndlozi, porta-voz do grupo radical de esquerda EFF, disse que era muito pouco e muito tarde para desculpas.
"O tempo das desculpas pelo racismo acabou. Deve haver consequências para o racismo. Ponto final!", escreveu Ndlozi no Twitter, publicando fotos de uma loja da H&M vandalizada e filmagens de apoiadores da EFF.
A H&M da África do Sul não respondeu a um pedido de comentário, mas seu site local apresentou um pedido de desculpas pelo anúncio.
"Nossa posição é simples, cometemos um erro e estamos profundamente arrependidos", diz o comunicado.
A polícia disse que está monitorando os protestos, mas que não foram feitas prisões até o momento.
Manifestações contra questões corporativas têm um histórico de violência na África do Sul, onde motoristas do serviço de transporte particular Uber chegaram a ter seus veículos incendiados no ano passado por motoristas de táxi.