Por Sara Rossi (SA:RSID3)
MILÃO (Reuters) - O advogado de uma modelo britânica de 20 anos no centro de um suposto sequestro ocorrido na Itália negou as insinuações de que o caso foi uma farsa depois que a mídia local questionou sua história.
No sábado a polícia italiana disse ter prendido o suposto sequestrador, que confessou estar envolvido em uma trama para leiloar a modelo pela internet a menos que um resgate de 300 mil dólares fosse pago.
Mas pessoas do vilarejo italiano onde Chloe Ayling disse ter sido mantida cativa disseram à mídia local que ela e o homem saíram juntos.
Alguns moradores disseram à emissora estatal Rai que a dupla foi a um bar e que ela também saiu para comprar sapatos com Lukasz Pawel Herba, de 30 anos, morador do Reino Unido nascido na Polônia, antes de ele entregá-la para o consulado britânico em Milão.
"A insinuação de que ela estava envolvida (na trama) – como li com desgosto em alguns jornais hoje de manhã – é simplesmente inimaginável", disse Francesco Pesce, advogado sediado em Milão, à Reuters.
Chloe disse à polícia que foi atraída a Milão no mês passado para fazer uma sessão de fotos, de acordo com documentos da polícia vistos pela Reuters. Ela afirmou que, ao chegar ao estúdio, foi drogada, amordaçada, amarrada, colocada em uma sacola e depois no bagageiro de um carro e levada a um vilarejo no noroeste da Itália onde foi mantida por seis dias.
Quatro ou cinco homens participaram do rapto, de acordo com seu relato.
Herba disse à polícia que a libertou e entregou ao consulado depois que o grupo soube que ela tem um filho pequeno, de acordo com documentos que descrevem seu depoimento.
A polícia de Milão, que ainda está investigando o caso, não quis comentar nesta terça-feira. OLBRENT Reuters Brazil Online Report Entertainment News 20170808T190837+0000