(Reuters) - Um navio de guerra russo foi seriamente danificado em um ataque noturno com drone naval ucraniano à base naval russa no Mar Negro em Novorossiysk, disseram duas fontes nesta sexta-feira, depois que a Rússia disse que havia repelido o ataque.
O porto civil, que lida com 2% do suprimento mundial de petróleo e também exporta grãos, interrompeu temporariamente todos os movimentos de navios antes de retomar as operações normais, de acordo com o Consórcio Caspian Pipeline, que opera um terminal de petróleo no local.
O Ministério da Defesa da Rússia disse em um breve comunicado que o ataque ucraniano com dois drones marítimos foi repelido nas águas perto da base e que os drones foram destruídos. Não fez nenhuma menção a qualquer dano.
Uma fonte de inteligência ucraniana disse que o Olenegorsky Gornyak, um navio de desembarque da Marinha russa, sofreu uma violação grave e não pôde conduzir missões de combate após uma operação conjunta da Marinha ucraniana e do serviço de inteligência SBU.
Havia uma tripulação de cerca de 100 militares russos na embarcação quando ela foi atacada por drone marítimo carregando 450 quilos de TNT, disse a fonte, sem dar informações sobre vítimas.
Separadamente, uma fonte com conhecimento das operações do porto afirmou que um grande navio russo teve que ser rebocado para terra porque não podia se mover por conta própria depois de ser danificado.
A fonte, que não deu o nome da embarcação, disse que os carregamentos de petróleo e grãos ainda estavam ocorrendo no porto, que retomou as operações normais horas após o ataque.
A Reuters não conseguiu verificar de forma imediata e independente as afirmações sobre danos ao navio de guerra Olenegorsky Gornyak. O Ministério da Defesa russo não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Imagens de vídeo não verificadas publicadas nas mídias sociais mostrariam danos à embarcação.
Andrei Kravchenko, autoridade da cidade de Novorossiysk, disse no aplicativo Telegram que o Olenegorsky Gornyak foi um dos dois navios que "reagiu instantaneamente" para se defender do ataque ucraniano.
(Reportagem de Tom Balmforth e Redações da Reuters)
((Tradução Redação São Paulo)) REUTERS TR