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Por Michelle Nichols
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse estar pronto para trabalhar com o presidente dos EUA, Donald Trump, Arábia Saudita, França e as Nações Unidas para implementar um plano de paz para Gaza apoiado de forma esmagadora pela organização mundial.
A Assembleia Geral da ONU, composta por 193 membros, aprovou neste mês, por ampla maioria, uma declaração de sete páginas que visa promover uma solução de dois Estados para Israel e os palestinos e pôr fim à guerra em Gaza entre Israel e militantes do Hamas.
A declaração surgiu de uma conferência internacional na ONU em julho – organizada pela Arábia Saudita e pela França – sobre o conflito que já dura décadas. Estados Unidos e Israel boicotaram o evento e rejeitaram os esforços internacionais.
Separadamente, o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, disse na quarta-feira que Trump havia apresentado um plano de paz de 21 pontos para o Oriente Médio e Gaza durante uma reunião com líderes de vários países de maioria muçulmana, à margem da Assembleia Geral da ONU desta semana.
Abbas discursou na reunião anual de líderes mundiais na quinta-feira por vídeo, depois que os Estados Unidos disseram que não lhe dariam um visto para viajar para Nova York.
"Apesar de tudo o que nosso povo sofreu, rejeitamos o que o Hamas realizou em 7 de outubro — atos que visaram civis israelenses e os tomaram como reféns — porque tais ações não representam o povo palestino nem sua justa luta por liberdade e independência", disse Abbas.
"Afirmamos — e continuaremos a afirmar — que Gaza é parte integrante do Estado da Palestina e que estamos prontos para assumir total responsabilidade pela governança e segurança ali. O Hamas não terá nenhum papel na governança e — juntamente com outras facções — deve entregar suas armas à Autoridade Nacional Palestina", disse ele. "Reiteramos que não queremos um Estado armado."
Os pontos que ele levantou estão incluídos na declaração endossada pela Assembleia Geral.
"Declaramos nossa prontidão para trabalhar com o presidente Donald Trump, com a Arábia Saudita, a França, as Nações Unidas e todos os parceiros para implementar o plano de paz" apoiado pela Assembleia Geral, afirmou Abbas.
Um ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023 desencadeou a guerra em Gaza. O Hamas matou 1.200 pessoas, a maioria civis, e 251 foram feitas reféns, segundo dados israelenses. Mais de 65.000 pessoas, também a maioria civis, foram mortas durante a guerra em Gaza, de acordo com autoridades de saúde locais.
(Reportagem de Ali Sawafta, Enas Alashray e Michelle Nichols)