Bitcoin sobe e volta a testar resistências em semana de tensões nos EUA
Por John Irish e Parisa Hafezi e Rodrigo Campos e Michelle Nichols
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - As sanções das Nações Unidas ao Irã devem ser impostas novamente neste sábado, disse a enviada britânica à ONU na sexta-feira, depois que uma resolução no Conselho de Segurança da Rússia e da China para adiá-las fracassou, levando Teerã a alertar que o Ocidente é responsável por quaisquer consequências.
A decisão de restaurar as sanções das potências ocidentais provavelmente agravará as tensões com Teerã, que já alertou que a ação seria recebida com uma resposta dura e abriria caminho para uma escalada.
A iniciativa russa e chinesa de adiar o retorno das sanções ao Irã fracassou no Conselho de Segurança da ONU, composto por 15 membros, depois que apenas quatro países apoiaram o projeto de resolução.
"Este conselho não tem a garantia necessária de que haja um caminho claro para uma solução diplomática rápida", disse a enviada britânica às Nações Unidas, Barbara Wood, após a votação.
"Este conselho cumpriu as etapas necessárias do processo de recuperação estabelecido na resolução 2231, portanto as sanções da ONU contra a proliferação iraniana serão reimpostas neste fim de semana", disse ela.
RETORNO DAS SANÇÕES
O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, disse a um grupo de jornalistas e analistas que o Irã não tinha intenção de deixar o Tratado de Não Proliferação como reação à retomada das sanções da ONU.
"O Irã nunca buscará armas nucleares... Estamos totalmente preparados para ser transparentes sobre nosso urânio altamente enriquecido", disse Pezeshkian.
Todas as sanções da ONU ao Irã devem retornar depois que as potências europeias, conhecidas como E3, desencadearam um processo de 30 dias acusando Teerã de violar um acordo de 2015 que visava impedi-lo de desenvolver uma arma nuclear.
O Irã nega estar buscando armas nucleares.
(Reportagem adicional de Rodrigo Campos)