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A S&P Global Ratings confirmou seus ratings de crédito soberano ’BB/B’ de longo e curto prazo em moeda estrangeira e local para o Brasil em 05.06.2025. A agência de classificação também afirmou seu rating na escala nacional ’brAAA’, com as perspectivas para os ratings de longo prazo e na escala nacional permanecendo estáveis. A avaliação de transferência e convertibilidade permanece em ’BBB-’.
A perspectiva estável reflete a expectativa da S&P de que o Brasil manterá uma forte posição externa, impulsionada por robustas exportações de commodities e pelo status do real como uma moeda ativamente negociada. Essa perspectiva é equilibrada contra as fraquezas fiscais do país, incluindo grandes déficits fiscais e um alto endividamento.
A S&P espera que os grandes déficits fiscais do Brasil continuem a impulsionar um aumento na dívida líquida do governo geral. Ao mesmo tempo, espera-se que o crescimento econômico mais fraco devido à política monetária restritiva reduza o déficit em conta corrente, fortalecendo a posição externa do Brasil.
A agência de classificação também observou que o arcabouço institucional do Brasil apoia a formulação pragmática de políticas, com freios e contrapesos entre os poderes executivo, legislativo e judiciário. Isso pode levar a iniciativas para enfrentar suas fraquezas fiscais ao longo do tempo.
No entanto, a S&P poderia reduzir seus ratings nos próximos dois anos se a implementação de políticas não conseguir controlar a pressão de gastos, levando a um acúmulo de dívida mais rápido do que o esperado. Uma deterioração na sinalização de políticas também poderia impactar os fluxos líquidos de investimento estrangeiro direto e enfraquecer a posição externa do Brasil.
Por outro lado, a S&P poderia elevar seus ratings nos próximos dois anos se iniciativas políticas aumentarem os superávits primários do governo geral e reduzirem as rigidezes orçamentárias. Isso poderia impulsionar expectativas tanto para uma dívida menor quanto para melhores perspectivas de crescimento.
A credibilidade do Brasil é apoiada por sua forte posição externa, um regime de câmbio flexível e política monetária baseada em um arcabouço de metas de inflação. O banco central é estatutária e operacionalmente independente. Além disso, mercados de capital e dívida domésticos profundos permitem que o soberano se financie predominantemente localmente e em real brasileiro.
Apesar desses pontos fortes, o Brasil enfrenta grandes déficits fiscais e um alto endividamento, resultantes do progresso lento e desigual no enfrentamento das restrições ao crescimento e de uma estrutura orçamentária inflexível.
Espera-se que a inflação permaneça acima da meta do banco central até meados de 2026, limitando a perspectiva de uma política monetária menos restritiva. A S&P espera que o Brasil apresente pequenos déficits primários do governo geral nos próximos anos.
A dívida líquida do governo geral do Brasil deve subir para 73% até 2028, de 61% do PIB em 2024. Dívida mais alta e taxas de juros resultariam em um aumento significativo no ônus de juros do governo geral. A S&P agora estima que os juros do governo geral estarão próximos de 20% da receita do governo geral em 2025 e terão média de 17% entre 2025-2028.
Apesar desses desafios, a S&P Global Ratings acredita que a forte posição externa do Brasil compensa seu fraco perfil fiscal. Os baixos déficits em conta corrente do país, totalmente financiados por investimento estrangeiro direto, e o aprofundamento dos mercados de dívida e capital sustentam sua forte posição externa.
Como uma economia relativamente fechada, o Brasil provavelmente será menos vulnerável à volatilidade da política comercial global. Uma desaceleração no consumo deve ter um efeito semelhante nas importações. Como resultado, a S&P espera que o déficit em conta corrente do Brasil seja de -2,4% em 2025.
A inflação persistente, que começou a aumentar em maio de 2024, permaneceu acima da faixa de tolerância do banco central de 3% +/- 1,5% desde setembro de 2024. A S&P espera que a inflação atinja 5,3% no final de 2025 e volte à faixa de tolerância até meados de 2026.
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