Por Tim Reid e Nathan Layne e Gram Slattery
(Reuters) - Donald Trump chamou os imigrantes que estão ilegalmente nos Estados Unidos de "animais" e "não humanos" em um discurso em Michigan nesta terça-feira, recorrendo a uma retórica degradante que usou diversas vezes durante campanha.
Entre vários agentes policiais, o candidato republicano à presidência listou casos criminais envolvendo suspeitos que estão ilegais no país, muitas vezes em termos explícitos, e alertou que violência e caos consumirão os Estados Unidos caso ele não vença a eleição presidencial de 5 de novembro.
Ao falar sobre Laken Riley -- estudante de enfermagem de 22 anos da Georgia supostamente assassinada por um imigrante venezuelano ilegal no país --, Trump disse que alguns imigrantes são sub-humanos.
"Os democratas dizem 'por favor, não os chame de animais, eles são humanos'. Eu digo: 'Não, eles não são humanos, eles não são humanos, eles são animais'", disse Trump, que presidiu os Estados Unidos entre 2017 e 2021.
Frequentemente em discursos de campanha, Trump alega que imigrantes que cruzam a fronteira com o México ilegalmente escaparam de prisões e manicômios em seus países de origem e estão alimentando crimes violentos nos EUA.
Embora dados disponíveis sobre a situação imigratória de criminosos sejam escassos, pesquisadores afirmam que pessoas vivendo ilegalmente nos EUA não cometem crimes violentos em uma proporção maior do que cidadãos nativos.
Biden culpa Trump por encorajar os republicanos a não aprovarem um projeto de lei no Congresso neste ano que reforçaria a segurança na fronteira sul e introduziria novas medidas destinadas a reduzir a imigração ilegal.
(Reportagem de Tim (BVMF:TIMS3) Reid e Nathan Layne, reportagem adicional de Nandita Bose)