Por Daren Butler e Tuvan Gumrukcu
ISTAMBUL (Reuters) - As forças de segurança turcas atacaram militantes curdos no norte da Síria e no leste da Turquia, e Ancara disse que continuará a destruir suas capacidades em toda a região, em meio à intensificação do conflito nesta sexta-feira, quase uma semana após um ataque a bomba em Ancara.
Os militares "neutralizaram" 26 militantes curdos no norte da Síria durante a noite, em retaliação a um ataque com foguete contra uma base turca, informou o Ministério da Defesa. Normalmente, a Turquia usa o termo "neutralizar" como sinônimo de matar.
O ataque com foguete contra a base, realizado pela milícia curda síria YPG, matou um policial turco e feriu sete policiais e soldados na área de Dabiq, no noroeste da Síria, na noite de quinta-feira, informou Ancara.
A Turquia também realizou ataques aéreos e destruiu 30 alvos militantes em outras partes do norte da Síria, incluindo um poço de petróleo, uma instalação de armazenamento e abrigos, informou o Ministério da Defesa.
"Como foi feito no Iraque, todas as capacidades e fontes de receita desenvolvidas pela organização terrorista na Síria continuarão a ser destruídas de forma sistemática", disse o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado.
Na Turquia, dois militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) foram "neutralizados" na província de Agri, no leste do país, em um confronto com comandos durante uma operação com apoio de drones de combate e helicópteros de ataque, disse o ministro do Interior, Ali Yerlikaya, em um comunicado.
Ele afirmou que a polícia antiterror deteve 75 pessoas suspeitas de ligações com o PKK em uma operação em 11 províncias.
O PKK já havia reivindicado a responsabilidade pelo atentado a bomba de domingo em Ancara, que deixou os dois agressores mortos e feriu dois policiais. A Turquia disse que os agressores vieram da Síria, mas as forças sírias SDF negaram.
(Reportagem de Daren Butler, Tuvan Gumrukcu e Huseyin Hayatsever)