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Vacinação lenta provoca tensões entre países da União Europeia

Publicado 06.01.2021, 13:16
Atualizado 06.01.2021, 13:20
© Reuters. Coronavirus disease (COVID-19) vaccination in Netherlands

Por John Chalmers e Francesco Guarascio

BRUXELAS (Reuters) - A frustração com o ritmo lento da vacinação contra Covid-19 tem gerado tensões na União Europeia, em repetição dos conflitos ocorridos no início da pandemia por compartilhamento de equipamentos médicos de proteção e fechamento de fronteiras.

Há preocupações de que um pedido separado de vacinas da Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34)-BioNTech (NASDAQ:BNTX) que a Alemanha fez para si poderia reduzir os suprimentos para distribuição em todo o bloco, e uma rusga surgiu sobre contratos assinados para vacinas "francesas" e "alemãs".

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que representa os 27 governos dos Estados-membros da UE, disse na terça-feira que convocaria uma videoconferência antes do final de janeiro para discutir o "tremendo" desafio da vacinação que eles enfrentam.

A Comissão Europeia, o braço executivo da UE, assinou seis acordos de fornecimento com fabricantes de vacinas para quase 2 bilhões de doses a serem distribuídas em uma base pro-rata aos Estados membros de acordo com suas populações.

Destas, apenas a vacina Pfizer-BioNTech havia sido aprovada para uso até terça-feira. Mas nesta quarta, após a Agência Europeia de Medicamentos recomendar a aprovação da vacina da Moderna (NASDAQ:MRNA), a Comissão Europei deu sua aprovação, último passo para a autorização do uso do imunizante no bloco.

A Comissão Europeia defendeu nesta semana sua estratégia, dizendo que era importante não colocar todos os ovos na mesma cesta quando várias vacinas ainda estavam em estágio de desenvolvimento.

"Sempre soubemos que seria uma operação complexa e é precisamente por isso que a Comissão Europeia foi tão dura sobre a importância de que pudéssemos assinar contratos com diferentes empresas", disse o porta-voz Eric Mamer na quarta-feira.

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O governo alemão está enfrentando críticas dentro do país por não garantir um maior fornecimento da vacina desenvolvida pela alemã BioNTech com a norte-americana Pfizer.

Apesar das críticas, em setembro, o país chegou a um acordo bilateral --separado dos contratos da UE-- para mais 30 milhões de doses, disseram autoridades alemãs.

A Comissão Europeia afirmou que os países da UE se comprometeram a não conduzir negociações paralelas com os fabricantes de vacinas, mas se recusou a comentar se a Alemanha tinha um acordo separado com a BioNTech.

Separadamente, Karl Lauterbach, um epidemiologista e parlamentar com os parceiros da coalizão social-democrata da chanceler alemã Angela Merkel, acusou a França de tentar influenciar os contratos da UE em favor de uma vacina que está sendo desenvolvida pela francesa Sanofi (PA:SASY) e GlaxoSmithKline (NYSE:GSK).

"A França cuidou para que não fossem compradas muitas vacinas alemãs em relação à vacina francesa", disse ele à TV alemã na segunda-feira. "Eu acredito que outras questões, ao invés de questões puramente relacionadas à saúde, tiveram um papel aqui."

Lauterbach não quis comentar nesta quarta-feira.

O ministro francês de Assuntos Europeus, Clément Beaune, rejeitou as acusações contra a França como "inaceitáveis e falsas".

(Reportagem adicional de Sabine Siebold em Berlim)

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