- O desempenho das ações do setor de saúde está entre os melhores deste ano.
- Grandes empresas defensivas com valuations razoáveis e fortes dividendos tendem a se sair bem em um mercado de baixa.
- Nesse grupo, destacamos as empresas Bristol-Myers Squib, Merck e Johnson & Johnson
- Desempenho no acumulado do ano: +26,2%
- Potencial de alta para o Valor Justo do Pro+: +27,6%
- Retorno do dividendo (Yield): 2,74%
- Capitalização de Mercado US$ 167,5 bilhões
- Desempenho no acumulado do ano: +19,9%
- Potencial de alta para o Valor Justo do Pro+: +25,3%
- Retorno do dividendo (Yield): 3,25%
- Capitalização de Mercado US$ 232,3 bilhões
- Desempenho no acumulado do ano: +3,4%
- Potencial de alta para o Valor Justo do Pro+: +22%
- Retorno do dividendo (Yield): 2,55%
- Capitalização de Mercado US$ 465,6 bilhões
Mesmo com o S&P 500 aprofundando sua queda no mercado de baixa, as ações das grandes farmacêuticas ofereceram um pouco de alívio, superando o mercado mais amplo por larga margem.
Enquanto o benchmark amplo acumula uma impressionante queda de 19,8% até agora em 2022, o índice S&P Pharmaceuticals recua apenas 8,4%.
Os investidores recorreram às ações defensivas do setor de saúde neste ano, diante dos aumentos de juros do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) para combater a disparada da inflação nos EUA, aumentando a probabilidade de uma recessão.
Com isso, usamos o InvestingPro para vasculhar o S&P 500 em busca das três ações farmacêuticas mais promissoras para o segundo semestre do ano.
Todos os três nomes oferecem retornos de cerca de 3% com dividendos e devem se valorizar pelo menos 20%, o que faz com que sejam uma aposta defensiva atraente em meio ao atual ciclo de baixa.
Bristol-Myers Squibb
A Bristol-Myers Squibb (NYSE:BMY) (SA:BMYB34) é uma das maiores empresas farmacêuticas do mundo. Suas operações principais consistem em descobrir, desenvolver, licenciar e comercializar medicamentos de prescrição em diversas áreas terapêuticas, como câncer, doença cardiovascular, diabetes, hepatite, artrite reumatoide e transtornos psiquiátricos.
Nos últimos meses, o desempenho das ações dessa grande farmacêutica ficou entre os destaques desse setor em forte expansão, graças a uma robusta demanda por seus diversos medicamentos de oncologia, imunologia, cardiovascular e fibrose.
No acumulado do ano, a BMY já se valorizou 26%, superando os retornos comparáveis do Dow e S&P 500 no mesmo período.
Apesar de ter tocado a máxima recorde de US$ 80,58 na segunda-feira, nossa expectativa é que a BMY continue subindo, enquanto as elevações agressivas de juros do Fed alimentam o temor de uma recessão.
As ações de empresas cujos produtos e serviços são essenciais para a vida das pessoas, como as do setor de saúde, tendem a performar bem em momentos de desaceleração do crescimento econômico e turbulência de mercado.
Além disso, a BMY, negociada a apenas 10 vezes seu lucro futuro, ainda está barata em comparação com nomes de destaque no segmento, como Eli Lilly (34x), AstraZeneca (17x) e AbbVie (13x).
A gigante farmacêutica oferece um dividendo trimestral de US$ 0,54 por ação, o que implica um rendimento anual de 2,74%.
De fato, as ações da Bristol-Myers Squibb estão bastante subvalorizadas de acordo com os modelos quantitativos do InvestingPro e têm um potencial de alta adicional de 28% nos próximos 12 meses até seu preço justo de US$ 100,43/por ação.
Merck
A Merck (NYSE:MRK) (SA:MRCK34) é uma gigante farmacêutica multinacional, envolvida no desenvolvimento e na produção de uma grande variedade de medicamentos, vacinas, terapias biológicas e produtos de saúde animal.
A empresa atualmente detém seis medicamentos de grande sucesso, que geram, cada um, uma receita de mais de US$ 1 bilhão para a companhia, como a nova pílula antiviral contra a Covid-19, a imunoterapia contra o câncer, uma medicação antidiabetes e vacinas contra o HPV e varicela.
Em um ano de desempenho deplorável no S&P 500, as ações da Merck se valorizaram 19,9%, superando facilmente os retornos comparáveis do mercado mais amplo, em meio à atual liquidação.
As ações da MRK atingiram uma nova máxima recorde de US$ 95,72 na segunda-feira e encerraram o pregão de terça a US$ 91,89. Nos níveis atuais, a empresa farmacêutica sediada em Rahway, Nova Jersey, tem uma capitalização de mercado de US$ 232,3 bilhões.
As grandes empresas pagadoras de dividendos com elevado fluxo de caixa livre e baixo endividamento prosperam em um mercado turbulento, na medida em que os investidores buscam empresas defensivas com valuations razoáveis, deixando de lado nomes de tecnologia de alto crescimento, mas que não dão lucro.
Com um índice preço/lucro de 16,7, e um dividendo anualizado de US$ 2,76 por ação, que gera um rendimento relativamente elevado de 3,25%, a Merck parece ser uma boa opção para investidores que buscam se proteger do aumento da volatilidade no atual mercado de baixa.
De fato, os modelos quantitativos do InvestingPro indicam um potencial de alta de quase 25% nas ações da MRK em relação aos níveis atuais, nos próximos 12 meses, até o preço justo de US$ 115,14.
Johnson & Johnson
A Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) (SA:JNJB34), uma das gigantes farmacêuticas mais valiosas do mundo, é mais conhecida por seus diversos medicamentos, itens de primeiros socorros e produtos de consumo.
Entre suas marcas mais conhecidas – que são vendidas em mais de 175 países – estão as bandagens Band-Aid, os medicamentos Tylenol, os produtos Johnson's Baby, os produtos de beleza e cuidado da pele Neutrogena, os produtos de lavagem facial Clean & Clear, além das lentes de contato Acuvue.
As ações do conglomerado de saúde sediado em New Brunswick, Nova Jersey, superaram o desempenho do Dow e do S&P 500 por larga margem em 2022, saltando quase 4% no acumulado do ano.
A JNJ tocou sua máxima histórica de US$ 186,69 em 25 de abril e tem tido um desempenho relativamente brilhante em um mercado desafiador, com os investidores buscando grandes empresas defensivas e pagadoras de dividendos, mas com valuations mais razoáveis.
O dividendo anualizado relativamente alto da Johnson & Johnson de US$ 4,52 e um retorno atraente de 2,55% aumenta ainda mais seu atrativo.
A JNJ é uma das duas únicas empresas com sede nos EUA a ter uma classificação de crédito AAA, maior do que a do próprio governo. A companhia eleva seus dividendos há 60 anos consecutivos, o que demonstra a força e a resiliência dos seus negócios.
De acordo com diversos modelos de valuation, o preço justo médio das ações da JNJ no InvestingPro é de US$ 215,91, o que representa um potencial de alta de 22%.