Lucros e bolsa para cima
2020 ainda não chegou à metade. Mas, certamente, já está marcado na história.
Começamos 2020 animados.
Havíamos passado a reforma mais importante para o país em 2019, a reforma das reformas: a Reforma da Previdência.
Os juros caíram, a dinâmica da dívida pública entrava em trajetória decrescente.
Após 25 anos de juros estratosféricos, o Brasil se normalizava e finalmente podia crescer com juros baixos.
Nossa economia começava a dar sinais cada vez mais claros de aceleração.
2020 seria o início do futuro do Brasil e dos brasileiros. A bolsa começou o ano batendo recordes seguidos, como deveria ser. O crescimento dos lucros das empresas continuava em ascensão.
Ibovespa (branco) e lucros das empresas (laranja). Fonte: Bloomberg
O potencial era enorme. Estávamos apenas deixando para trás a crise. Estávamos apenas buscando todos os anos que ficamos para trás do restante do mundo.
O que poderia dar errado?
No meio do caminho tinha um coronavírus
Ex-post, sempre parecerá óbvio. Mas só entende quem estava inserido no mercado na época.
As expectativas de crescimento para a economia brasileira em 2020 caíram de +2 por cento para -6 por cento.
Foi um enorme choque.
A Ásia já havia passado por 2 pandemias há alguns anos (SARS e MERS) e seus efeitos não haviam chegado às nossas fronteiras.
Desta vez foi diferente.
Março de 2020
Foi a maior derrocada da história das bolsas mundiais. Foi a mais rápida e a mais violenta.
IBOV (branco), SPX (EUA, azul), HSI (China, laranja), MexBol (México, roxo), Sx5e (Europa, amarelo) e Shenzhen 300 (China, azul). Fonte: Bloomberg
Os mercados globais caíram entre -20 por cento e -30 por cento.
O Brasil foi uma das piores bolsas mundiais. Caiu muito mais, chegando em -47 por cento.
-61 por cento
Errei completamente a leitura do que estava acontecendo.
Em nossa carteira ANTI-Trader, tínhamos 25 por cento do portfólio em caixa, tínhamos 25 por cento do portfólio em short (venda a descoberto).
Tínhamos as proteções necessárias para passar maravilhosamente bem pelo olho do furacão.
Mas nunca imaginaríamos que o estrago seria tão grande. Não imaginávamos que cairíamos mais do que lá fora.
Desfizemos nossas proteções rápido demais. Zeramos o short e utilizamos o caixa cedo demais.
No ANTI-Trader, caímos enormes -61 por cento do pico.
O espelho retrovisor é incontestável
Poderia ter ganhado muito mais dinheiro na crise, mas zeramos nossas proteções cedo demais.
Com o mercado eufórico, certamente, tínhamos pessoas alavancadas que não sabiam o que estavam fazendo.
A alavancagem e o excesso de risco fazem as quedas ficarem ainda mais profundas.
Certamente, muitos fundos tomando mais risco do que deveriam para ficar bonito na foto e captar mais.
Muitos deles ficaram pelo caminho. Muitos deles precisaram se reinventar.
Nós não.
Investir é 99 por cento psicológico
Porque, no olho do furacão, quando estão todos desesperados, com a bolsa despencando, os fundos vendendo, o mercado acreditando que o mundo acabou … é o momento de fazer boas compras.
Mas é neste momento que seu psicológico vai ruir.
E, são estes momentos que definem as boas estratégias. São nestes momentos que você precisa confiar no que está fazendo.
Investir na bolsa é 99 por cento psicológico.
Os bancos de investimento internacionais, as grandes placas, as corretoras, os youtubers e os palpiteiros gritavam: "Cautela".
Alguns até recomendavam vender ações no pior momento.
Nós não.
Do grego stratēgia
Confiamos completamente em nossa estratégia.
Pois ela resiste à prova do tempo. Ela já fez diversos bilionários no mundo.
Ela foi lapidada por décadas pelo maior investidor de todos os tempos — Warren Buffett.
Não foi fácil.
Nunca é fácil. Só quem tinha dinheiro investido entende como nosso psicológico é estilhaçado nestes momentos.
Nós aproveitamos oportunidades. Mudamos a carteira.
Compramos o que caía mais, vendemos o que caía menos.
Criamos caixa, concentramos e desconcentramos. No olho do furacão, colocamos nosso capital em algumas das melhores oportunidades que encontramos.
Nos recuperamos.
O AT acumula +69 por cento de rentabilidade desde sua criação em 11 de junho de 2019.
Jogamos nosso próprio jogo
O segredo é simples.
Enquanto o mercado tenta prever o futuro, procura pelo que mais sobe e procura pela "nova Magalu", nós procuramos os erros do mercado.
Procuramos pelas melhores empresas, as que mais crescem e que o mercado ignora.
Seguindo os passos de Warren E. Buffett e seu Value Investing, procuramos por ótimos negócios a ótimos preços.
E, confiamos no que fazemos.
Por isso, a carteira sobe +69 por cento em 12 meses, mesmo passando pelo drawdown mais severo da história da Bolsa brasileira.
Não damos dicas, ajudamos a investir
Confiança é o nome do jogo.
Nosso portfólio está se valorizando muito bem nas últimas semanas.
Mas nunca deixamos o volante. Precisamos ajustar nossas posições para o momento.
Esse movimento dos mercados exige atenção. Estamos olhando para a carteira e vendo os ajustes que precisam ser feitos.
2020 apenas começou.
Ainda teremos crise política, crise econômica, reformas, eleições, ...
Deixe-nos te ajudar a investir melhor.