Se a ressaca desta segunda-feira afetou a sua memória, lembro que terminamos a semana passada com o quiz sobre a pontuação do Ibovespa ao final de 2013.
A infinidade de respostas tornou humanamente impossível que eu respondesse cada uma delas. Portanto, deixo aqui o meu agradecimento a todos que participaram.
Dá para perceber algumas coisas interessantes a partir da boa amostra que coletamos (de pouco mais de mil respostas). Por exemplo, um predomínio de leitores otimistas com um rali de fim de ano: 67% dos participantes creem no Ibovespa acima dos atuais 50 mil pontos.
Abaixo, separei as três apostas mais contundentes:
- 78 mil pontos
- 46.666,666
- “mais pontos que Fluminese e Vasco juntos”
Give me something to believe
O tiro dos 67% não é propriamente no escuro. Tem uma outra amostra, de histórico recente, que dá pano para a manga dos que acreditam no rali de fim de ano...
Nos últimos dez meses de dezembro, o Ibovespa subiu em nove oportunidades. Neste intervalo, o único dezembro em que não houve alta foi um zero a zero, em 2011 (!).
Tem uma razão econômica por trás desse fenômeno: diversos fundos tentam marcar para cima o valor de suas cotas. No final, além de balizar bônus de performance, rentabilidades anuais servem de propaganda e, por isso, movimentações extraordinárias costumam ocorrer aos 45 do segundo tempo.
Para não contrariar a estatística, é bom o Ibovespa colocar todos os atacantes que tem no banco e mandar a bola para a área, afinal, acumula queda de 4% neste dezembro até aqui.
Também seria interessante combinar com o zagueiro.
No caso, um becão de peso, que atende pelo nome de Fed.
A melhor notícia do ano para a Bolsa
Engana-se quem pensa que 2013 foi um ano perdido. Na economia, embora tenhamos combinado pibinho e inflaçãozona com acirramento da percepção de risco-Brasil, comemoramos mais uma boa safra, desemprego baixo e um sinal de vida (ainda que tímido) da indústria.
Na Bolsa, apesar de esbanjarmos o pior desempenho do mundo dentre os índices com alguma relevância, nosso mercado acionário ganhou volume mesmo em um cenário negativo e conseguiu alterar a metodologia do Ibovespa depois de 40 anos.
Fosse apontar a melhor contribuição de 2013 para a Bolsa, sem dúvida seria esta: a conquista de um índice de ações mais sensato.
A carteira do Novo Ibovespa
Hoje foi divulgada a segunda préva da nova carteira do Ibovespa, sob a nova metologia, que entra em vigor em janeiro. Sem grandes novidades em relação à primeira prévia, esta confirmou nossa aposta de ganho de visibilidade (e mais peso) em nomes como Itaú Unibanco (ITUB4), AmBev (AMBV3), Vale (VALE5) e Petrobras (PETR4).
No entra e sai, o novo time que vai a campo parece muito melhor em termos de fundamentos:
Quem entra: Quem sai:
BB Seguridade (BBSE3) B2W (BTOW3)
Ecorodovias (ECOR3) Oi (OIBR3)
Estácio (ESTC3) Usiminas (USIM3)
Even (EVEN3) Vanguarda (VAGR3)
Qualicorp (QUAL3) Transmissão Paulista (TRPL4)
A última chance
A carteira ideal para surfar o Novo Ibovespa foi apenas uma das introduzidas em nossas apresentações de Cenários para 2014, bem como a Carteira de dólar, as oportunidades remanescentes em fundos imobiliários, a estratégia em décadas para alocar o grosso do seu portfólio (em renda fixa) e por aí vai...
Hoje é o último dia de vendas do curso + livro da Empiricus, por isso, fica mais uma vez a recomendação. É a última chance de você adquirir o que, na minha opinião, trata-se do material mais relevante que já produzimos.
PS: falando nas oportunidades em FIIs, separamos no Domus de hoje dois fundos imobiliários que têm dividendos acima de 10%. Ótimos yields para ganhar da renda fixa tributada.
Mas cuidado! Recomendamos comprar somente um deles. Há eventos de curto prazo que diferenciam bastante um do outro.
O efeito airbag (e a proatividade do governo)
No M5M passado, conversamos sobre a última Kombi e como ela poderia influenciar na sua vida...
Hoje os diários financeiros destacam o tal “efeito airbag”. Estimativas das montadoras indicam que a inclusão de airbag e ABS tende a aumentar em cerca de 9% o preço dos carros mais populares. Ou seja, impacto na inflação e nas condições de oferta. Imagine somar isso à alta do IPI, cujo benefício expira em janeiro (até que se prove o contrário).
O governo, temendo um duro impacto nas vendas e demissões em massa no setor, trabalha com a hipótese de adiamento em dois anos da medida e uma implementação gradual da obrigatoriedade dos itens de segurança.
Ainda bem que o governo percebeu isso antes.
Assim, ele dá às montadoras duas semanas para alterar todo um planejamento operacional que vem de anos.
Presentinho caprichado do Papai Noel.
Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.