A grande preocupação dos investidores até muito recentemente se centrava em quanto o Federal Reserve avançaria no aperto monetário nos EUA e o possível impacto que isso traria no enxugamento da alta liquidez global.
Em meio a tantas dúvidas quanto os reais impactos da atual política monetária, a falta de reação da inflação, principalmente em seus núcleos e por maior que seja a economia americana, a dificuldade em ‘encaixar’ ao fluxo da enorme liquidez global que ocorreria, o Fed optou por uma pausa.
Para muitos, esta estratégia evidenciaria uma influência de Trump, coisa da qual duvidamos, ou uma rendição do comitê à volatilidade recente dos mercados.
Também entendemos que a comunicação do Fed chegou a ser bastante falha no ano passado, numa evidência de que existem dúvidas quanto à eficácia dos modelos econômicos tradicionais.
Ainda assim, vemos a pausa atual como positiva e neste sentido, o chairman Powell terá no fim deste mês a chance de explicar aos mercados, se possível com uma clareza inequívoca, se a atual política monetária depende somente da leitura ‘paciente’ dos indicadores econômicos ou se a pausa é ‘pacientemente’ programada por um período pré-determinado.
Ë neste ponto que os investidores tentarão traduzir os sinais emitidos pela autoridade monetária para a formatação de suas posições.
A próxima decisão de juros ao fim de março será também acompanhada das projeções econômicas dos membros do comitê e com isso, será possível entender o quão preocupados estão os membros com os rumos das medidas de preços.
Atenção hoje aos resultados de Totvs (SA:TOTS3), Parnapanema e Duratex (SA:DTEX3). No exterior, Cisco, Heineken, Toshiba, AIG, Deutsche Börse, Akzo Nobel e ABN Amro.
CENÁRIO POLÍTICO
Os investidores aguardam ansiosamente a saída do presidente Bolsonaro do hospital e a divulgação da versão final da proposta da previdência, além da defesa do texto pelo presidente de maneira irrestrita.
Bolsonaro já dá sinais claros de melhora, no envolvimento recente com temas e o governo agora começa a desenhar a estratégia de marketing para mostrar tanto à população, quanto ao congresso a importância da reforma da previdência.
A chance de avançar sob o tema é uma das maiores em anos, dada a nova configuração do congresso, daí o temor de auto sabotagem.
Atenção!
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com avanços na conversação entre China e EUA.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, também pelo possível acordo entre China e EUA.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos até os 3 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, alta generalizada, com destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em alta, com o aumento do corte da OPEP e sanção à Venezuela
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 0,4%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7132 / -1,14 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,071%
Dólar / Yen : ¥ 110,70 / 0,199%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,039%
Dólar Fut. (1 m) : 3716,12 / -1,28 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,48 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,16 % aa (-0,97%)
DI - Janeiro 23: 8,25 % aa (-1,08%)
DI - Janeiro 25: 8,76 % aa (-1,13%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,86% / 96.168 pontos
Dow Jones: 1,49% / 25.426 pontos
Nasdaq: 1,46% / 7.415 pontos
Nikkei: 1,34% / 21.144 pontos
Hang Seng: 1,16% / 28.498 pontos
ASX 200: -0,26% / 6.064 pontos
ABERTURA
DAX: 0,023% / 11128,65 pontos
CAC 40: 0,256% / 5069,28 pontos
FTSE: 0,439% / 7164,44 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 96091,00 pontos
S&P Fut.: 0,084% / 2747,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,338% / 7042,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,02% / 80,17 ptos
Petróleo WTI: 1,17% / $53,72
Petróleo Brent:1,49% / $63,35
Ouro: 0,11% / $1.312,28
Minério de Ferro: -2,62% / $88,44
Soja: 1,40% / $16,62
Milho: -0,07% / $377,75
Café: 0,25% / $100,50
Açúcar: 0,16% / $12,84