Sem novidades significativas, além da natural reação retórica do Irã em face à morte de um dos seus mais significativos lideres, o mercado começa novamente a ajustar posições e aguardar movimentos reais.
O barril de petróleo já recua novamente em NY e Londres, enquanto as commodities de caráter defensivo perdem força, como prata e ouro, abrindo espaço para a observação de indicadores econômicos, em especial após os PMIs acima das expectativas na Europa e mais fracos na China.
O fechamento das bolsas americanas foi positivo na sessão de ontem e o cenário de dúvidas começa a dar espaço para que se aguardem os desenvolvimentos dos eventos. Resumindo, o mercado não quer reverter o ritmo positivo de dezembro, ao menos agora.
Ainda hoje, a Alemanha divulgou o PMI de construção, o qual além de superar a medição anterior, se firma cada vez mais na zona de expansão e se tais melhoras se confirmarem, a perspectiva de recessão europeia também perde força e tende a equilibrar a reação mais tímida da economia chinesa.
Outro dado importante foram as vendas ao varejo na Zona do Euro também superando as projeções com alta mensal de 1% em novembro, ante projeções de 0,7%, com índice anual aos 2,2%, acima dos 1,5% também projetados.
No Irã, segundo a TV estatal, o cortejo fúnebre do general Soleimani teve 35 mortos em um tumulto e há relatos de que a comoção interna continuará enquanto o luto pelo general ainda estiver em alta, como não poderia ser diferente, em especial de uma nação como o Irã.
Enquanto isso, os EUA continuam a se movimentar na região, com possível transferência de tropas entre os países do entorno iraniano, inclusive com auxílio de tropas britânicas e alemãs, ou seja, ainda que se excluam de curtíssimo prazo as escaladas dos eventos, a atenção e a tensão na região continuam elevadas.
É óbvio que os investidores não estão ignorando a gravidade dos eventos no Oriente Médio, em especial com a significância da morte do general, todavia, o curto prazo se impõe de certa maneira.
Com o foco renovado nos indicadores econômicos, a atenção hoje se volta aos pedidos às fábricas, de bens duráveis e de capital nos EUA, a maior parte com expectativa de contração e a balança comercial americana.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva na sua maioria e os futuros NY abrem em alta, com a redução da tensão geopolítica.
Na Ásia, dia negativo, com o mercado se ajustando ao cenário.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos na sua maioria.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao ouro e prata.
O petróleo abre em queda, com ajustes de curto prazo.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,22%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0652 / 0,17 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / -0,134%
Dólar / Yen : ¥ 108,47 / -0,092%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / -0,046%
Dólar Fut. (1 m) : 4060,51 / 0,17 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 5,29 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,82 % aa (0,69%)
DI - Janeiro 25: 6,46 % aa (0,62%)
DI - Janeiro 27: 6,79 % aa (0,59%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,7041% / 116.878 pontos
Dow Jones: 0,2392% / 28.703 pontos
Nasdaq: 0,5620% / 9.071 pontos
Nikkei: 1,60% / 23.576 pontos
Hang Seng: 0,34% / 28.322 pontos
ASX 200: 1,35% / 6.826 pontos
ABERTURA
DAX: 0,960% / 13252,96 pontos
CAC 40: 0,615% / 6050,58 pontos
FTSE: 0,129% / 7585,14 pontos
Ibov. Fut.: -1,09% / 117267,00 pontos
S&P Fut.: 0,136% / 3248,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,342% / 8878,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,15% / 81,52 ptos
Petróleo WTI: -0,47% / $62,97
Petróleo Brent:-0,46% / $68,62
Ouro: 0,07% / $1.566,66
Minério de Ferro: 0,47% / $93,85
Soja: 0,32% / $15,71
Milho: -0,06% / $384,50
Café: -0,25% / $121,85
Açúcar: -0,07% / $13,72