Na ausência de uma agenda mais relevante, o foco dos investidores recai sob as reuniões de alto nível em Bruxelas, com uma cúpula da OTAN, uma reunião de líderes da UE e uma cúpula do Grupo dos Sete.
A guerra entre Rússia e Ucrânia está no topo das prioridades, enquanto a invasão continua e o presidente americano, Joe Biden, participa das reuniões, com a presença do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy na cúpula por meio de videoconferência.
Os mercados globais sofreram ontem com a ausência de notícias de alguma resolução da crise, além da queda dos estoques americanos de petróleo levando à mais uma puxada do preço global da commodity e afetando as bolsas de valores.
O Brasil, mais uma vez isolado em um fluxo bastante forte de investimento estrangeiro, o qual levou à proximidade da relação Real/US$ dos R$ 4,80, números somente observados em março e junho de 2020, antes da moeda romper definitivamente a barreira dos R$ 4,00.
Por enquanto, a questão eleitoral e política não fazem preço no Brasil e pouco afetam este fluxo, pois na visão do investidor institucional estrangeiro, ambos os líderes de campanha tem uma perspectiva fiscal semelhante, além do aumento do poder do congresso, desde o impeachment de 2016.
Deste modo, o resultado da eleição, ao menos na visão de parte dos investidores externos tende a afetar pouco a perspectiva de fluxo de capitais, a não ser que em algum momento, algum dos candidatos lance temas como controle de capitais ou restrição de estrangeiros no mercado, além de taxações absurdas.
Diferente do discurso médio dos analistas, de que o Brasil se tornou um hedge de inflação, a verdade é que isso tudo tem a ver juros bastante altos, dando uma opção de investimento de alta liquidez, em um mercado conhecido.
Relembrando o que dissemos em janeiro: “Neste cenário, o Brasil conseguiu estranhamente se beneficiar de um fluxo intenso de capital estrangeiro, no que pode ser um misto de hedge global de inflação, dada a nossa bolsa altamente descontada em comparação com nossos pares, câmbio desvalorizado e juros altos o suficiente para criar um carry trade decente”.
O foco local hoje é o relatório trimestral de inflação do Banco Central e a perspectiva da autoridade monetária para o futuro dos preços no país, uma das mais enigmáticas da história recente da instituição.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pela série de reuniões na Europa hoje.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, Singapura em alta com alívio de medidas da Covid.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálica, sem rumo, com alta em ouro, minério de ferro e prata.
O petróleo abre em leve queda em Londres e Nova York, mais uma vez aguardando um possível acordo com o Irã.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,42%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,8266 / -1,71 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / -0,100%
Dólar / Yen : ¥ 121,66 / 0,405%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / -0,280%
Dólar Fut. (1 m) : 4852,94 / -1,64 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 12,98 % aa (0,39%)
DI - Janeiro 24: 12,64 % aa (0,12%)
DI - Janeiro 26: 11,88 % aa (0,30%)
DI - Janeiro 27: 11,86 % aa (-0,13%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,1577% / 117.457 pontos
Dow Jones: -1,2898% / 34.359 pontos
Nasdaq: -1,3198% / 13.923 pontos
Nikkei: 0,25% / 28.110 pontos
Hang Seng: -0,94% / 21.946 pontos
ASX 200: 0,12% / 7.387 pontos
ABERTURA
DAX: -0,406% / 14225,61 pontos
CAC 40: -0,172% / 6570,14 pontos
FTSE: 0,113% / 7469,07 pontos
Ibov. Fut.: 0,01% / 118062,00 pontos
S&P Fut.: 0,44% / 4467,25 pontos
Nasdaq Fut.: 0,761% / 14516,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,47% / 129,45 ptos
Petróleo WTI: -0,10% / $114,84
Petróleo Brent: -0,26% / $121,28
Ouro: -0,23% / $1.944,57
Minério de Ferro: 0,39% / $149,57
Soja: -0,54% / $1.709,25
Milho: -0,49% / $751,25
Café: 0,58% / $226,15
Açúcar: 0,83% / $19,39