Bom dia Investidores,
Ontem o que parecia ser um dia de euforia, quando o Ibovespa chegou a quase 2% de alta, se transformou em um dia morno, com o Ibovespa fechando com alta de 0,59% aos 86.419 pontos. O giro financeiro foi de R$ 13 bilhões.
Essa grande oscilação se deu por conta de fatores externos. Quando o Ibovespa abriu em alta pela manhã, o cenário estava bastante positivo no exterior, em meio a uma trégua entre China e Estados Unidos, após a China anunciar a intenção de cortar a tarifa de importação de automóveis americanos de 40% para 15%, isso causou uma euforia no mercado.
A tarde esse quadro positivo se reverteu, com as notícias pesando para o lado negativo, já que Trump, mais uma vez via Twitter (NYSE:TWTR), ajudou a derrubar os mercados, com uma ameaça de fechar o governo, caso o Congresso não aprove o Orçamento com recursos para o muro do México, ainda falando dessa guerra comercial, os EUA preparam ações contra a China por hacking e espionagem econômica, segundo reportagem do Washington Post.
Além disso Theresa May balança no cargo de Primeira-Ministra do Reino Unido, já que podem ter votos suficientes para uma moção de censura pelo Parlamento Britânico. Normalmente, quando o Parlamento vota a censura, o governo é obrigado a renunciar ou a pedir a dissolução do parlamento e a convocação de eleições gerais.
Voltando ao Ibovespa, a maior alta de ontem foram das ações da Gol (GOLL4 (SA:GOLL4)) que dispararam 13,04% após a Avianca Brasil entrar em recuperação judicial. Vale (SA:VALE3) destaque também para as ações da Azul (AZUL4 (SA:AZUL4)) que subiram 6,51%. As duas companhias devem se favorecer com esse pedido da Avianca, já que é menos um player nesse ambiente bastante competitivo aéreo brasileiro.
Outro destaque foram as ações da Eletrobrás, que subiram 3,91% na ON(ELET3 (SA:ELET3)) e 3,28% na PN(ELET6 (SA:ELET6)), já que seu ativo mais ineficiente, a Amazonas Energia, finalmente foi vendida.
No campo negativo, a maior queda foram das ações da Suzano(SA:SUZB3), que caíram 3,81%, em meio ao desempenho negativo da celulose, que vem caindo ao longo do ano. Os preços de celulose de fibra curta, que é o material produzido pela Suzano, tiveram a maior queda do ano, impactando as ações da empresa.
Já o dólar recuou um pouco, caindo apenas 0,22% e fechando em R$ 3,91, após chegar a R$ 3,88 durante o dia, com o leilão de linha promovido pelo Banco Central. O Euro fechou com queda de 0,45%, aos R$ 4,44.
Enquanto isso os DIs repetiram o movimento de ontem, com as pontas curtas caindo, como por exemplo o DI jan/2020 foi de 6,76% para 6,74%, enquanto na ponta longa, os juros subiram, com destaque para o DI jan/2025 que foi de 9,82% para 9,83%.
Na agenda, hoje vamos ter a divulgação do dados de fluxo cambial semanal na primeira semana de dezembro(12h30) e no final da tarde, a divulgação da Taxa Selic Meta pelo COPOM, que deve se manter em 6,5%. Além disso, hoje Bolsonaro se reúne com as bancadas do DEM, PSL e PP, após o PR anunciar formalmente adesão à base governista.
Indo para os EUA, o movimento foi parecido com o Brasil, com as bolsas abrindo em euforia e depois devolvendo os ganhos. O Dow Jones fechou com queda de 0,22%, o S&P500 caiu 0,04%, enquanto o Nasdaq subiu 0,16%.
Ontem à noite a Justiça do Canadá libertou a executiva chinesa da Huawei, o que deve impactar positivamente os mercados hoje.
Hoje nos EUA teremos os dados do CPI de novembro, que também é um importante balizador para tomada de decisão de taxa de juros nos EUA.
Na Europa, hoje os mercados abriram em alta, com destaque para a CAC-40, da Bolsa de Paris, que abriu subindo 0,79%. Na Ásia, as bolsas fecharam em alta, com o Índice Shangai subindo 0,31% e o Índice Nikkei 225 subindo 2,15%.
E para finalizar hoje teremos o relatório da OPEP, que irá movimentar os preços do barril de petróleo. Ontem o WTI subiu 1,27%, enquanto o Brent subiu 0,38%, com a notícia de que a Libia vai interromper a oferta de petróleo em até 400 mil barris por dia.
Ótima quarta e bons negócios!
Por Fabio Louzada – Eu me banco!