Os preços do açúcar cristal recuaram nos últimos dias no mercado spot do estado de São Paulo. Após iniciarem a semana passada na casa dos R$ 129,00/saca de 50 kg, operam na casa dos R$ 127,00/saca de 50 kg, patamar que não era observado desde meados de agosto/21, em termos nominais. Segundo pesquisadores do Cepea, a queda dos preços esteve atrelada à flexibilidade de algumas usinas, que baixaram os valores de suas ofertas, em especial para o cristal Icumsa 180, açúcar com maior volume disponível para as negociações no spot. A oferta do açúcar cristal Icumsa 150, por sua vez, esteve mais restrita, e os preços, firmes. Pelo lado das compras, inflação e juros elevados têm desestimulado as indústrias, uma vez que as aquisições no varejo se retraem e o custo de carregar estoques aumenta.
ETANOL: MERCADO SEGUE LENTO E VALORES, ENFRAQUECIDOS
A pequena demanda pelo etanol e a incerteza da mudança tributária relacionada ao ICMS deixaram o mercado do biocombustível em ritmo lento na última semana. Segundo pesquisadores do Cepea, boa parte dos compradores seguiu adquirindo apenas pequenos volumes, ao passo que muitos vendedores estiveram firmes nos preços. Entre 6 e 10 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ semanal do hidratado foi de R$ 3,0840/litro, ligeira queda de 0,07% frente ao período anterior. No caso do anidro, houve redução de 1,32%, com o Indicador CEPEA/ESALQ fechando em R$ 3,5738/litro.
TRIGO: PREÇOS EXTERNO E INTERNO SEGUEM EM ALTA
As cotações do trigo seguem em alta no mercado internacional e no Brasil, ainda influenciadas pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia e pela não realização de acordo entre esses países para a exportação de grãos pelo Mar Negro. Segundo pesquisadores do Cepea, o movimento de alta nos valores externos foi reforçado por dados divulgados pelo USDA, apontando menor oferta mundial na safra 2022/23. Na Argentina, maior fornecedora de trigo do Brasil, a Bolsa de Cereales indicou nova redução na área semeada com o cereal. Quanto ao Brasil, apesar de estimativas apontarem safra recorde nacional neste ano, os preços seguiram em alta, acompanhando as valorizações externa e do dólar e também devido à baixa disponibilidade atual.