EUA sinalizam publicação de documento da Seção 301 sobre Brasil no diário oficial desta sexta
As cotações do açúcar cristal negociado no mercado spot paulista estão em alta, devido ao aumento pontual da demanda. Compradores buscaram garantir o produto aos preços correntes, devido, em parte, à greve dos caminhoneiros no Brasil e à alta dos valores internacionais do demerara. De 21 a 28 de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 até 180, subiu 2,68%, fechando a R$ 54,43/saca de 50 kg na segunda-feira, 28.
ETANOL: FORTE DEMANDA ELEVA INDICADORES
Mesmo com a greve dos caminhoneiros em todo o Brasil e a consequente dificuldade em retirar o etanol comprado nas últimas semanas, a demanda pelo produto segue elevada, conforme indicam pesquisadores do Cepea. Vale lembrar que esses volumes devem ser retirados após o período de paralisação. Do lado das usinas, agentes de algumas unidades relataram diminuição no ritmo de moagem, devido à dificuldade em receber a matéria-prima. Entre 21 e 25 de maio, especificamente, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou a R$ 1,6484/litro, avanço de 1,69% em comparação ao da semana anterior. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ subiu 3,04% no mesmo comparativo, com média de R$ 1,7950/litro.
TRIGO: LIQUIDEZ RECUA COM MENOR DEMANDA E GREVE DE CAMINHONEIROS
A comercialização de trigo está limitada no Brasil, conforme indicam pesquisadores do Cepea. Com o consumo estável de farinha, moinhos realizam compras pontuais do grão. Além disso, dificuldades de entrega e recebimento desses produtos, devido à greve de caminhoneiros, reforçam a baixa liquidez interna, visto que limita as negociações no curto prazo. Em relação aos preços, a alta nos valores externos e o dólar elevado desfavorecem as importações e sustentam as cotações internas. Quanto aos derivados, mesmo com a necessidade de elevar as vendas no final de maio para atingir metas impostas por algumas empresas, as comercializações de farinha estão travadas. A liquidez está um pouco maior apenas no mercado de farelo. Há maior demanda pelo produto, diante das condições ruins de pastagens e das valorizações do milho.
BATATA: PREÇOS SOBEM MAIS DE 100% COM GREVE DOS CAMINHONEIROS
As cotações da batata padrão especial subiram com força na semana passada, devido à paralisação dos caminhoneiros. Nos atacados paulistanos, o produto foi negociado a R$ 175,31/sc de 50 kg, em média, entre 21 e 25 de maio, aumento expressivo de 119,51% frente ao período anterior. Os mercados de Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro também registraram fortes avanços, de 106,98% (média de R$ 155,24/sc) e 167,25% (R$ 202,94/sc), respectivamente, no mesmo comparativo. Para esta semana, se a greve se encerrar, é possível que os preços da batata voltem aos patamares praticados antes dos protestos, ou ainda mais baixos. O motivo é que, com a greve, houve acúmulo de oferta da batata que deveria ter sido colhida na semana passada com a que deve ser ofertada nos próximos dias. Além disso, com o atraso da colheita, a batata que fica no solo por mais tempo perde qualidade e se desvaloriza.