O ritmo das negociações envolvendo açúcar cristal segue calmo no mercado spot do estado de São Paulo, e os preços, enfraquecidos. Segundo pesquisadores do Cepea, ao longo da última semana, especialmente devido ao feriado da quinta-feira, 16 (Corpus Christi), o número de negócios foi menor. De 13 a 20 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal, cor Icumsa de 130 a 180, recuou 0,78%, fechando a R$ 126,33/saca de 50 kg na segunda-feira, 20.
ETANOL: EM MERCADO AINDA LENTO, INDICADORES RECUAM EM SP
O mercado de etanol esteve lento no spot paulista ao longo da semana passada. De acordo com pesquisadores do Cepea, o desaquecimento das vendas nas bombas, mesmo com a relação favorável ao biocombustível, ainda vem deixando distribuidoras cautelosas em negociar. Do lado das usinas, algumas unidades seguiram entregando o produto comercializado anteriormente no spot e por meio de contratos. No entanto, outras aceleraram suas vendas, temendo novos recuos de preços com o avanço da moagem. Assim, entre 13 e 17 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ semanal do hidratado do estado de São Paulo foi de R$ 3,0116/litro, queda de 2,35% frente ao do período anterior. No caso do anidro, houve redução de 1,31%, com o Indicador CEPEA/ESALQ fechando em R$ 3,5270/litro. Para as próximas semanas, pesquisadores do Cepea indicam que agentes do setor devem se atentar ao possível aumento da competividade do etanol frente ao combustível fóssil, tendo em vista as novas elevações, por parte da Petrobras (SA:PETR4), nos preços da gasolina e do diesel nas refinarias.
TRIGO: COM BAIXA OFERTA, VALOR MÉDIO SEGUE ACIMA DE R$ 2 MIL/T
Os preços do trigo seguem em alta no Brasil, influenciados pela baixa disponibilidade e pela valorização do dólar. Pesquisadores do Cepea ressaltam que as negociações têm sido pontuais, justamente porque há pouco produto disponível e com preços cada vez mais altos. Diante disso, colaboradores do Cepea indicam que compradores já buscam fechar contratos a termo para o trigo da nova temporada. Dados do Cepea mostram que, nesta parcial de junho (até o dia 17), as médias mensais são recordes nominais nos estados do Sul e em São Paulo, considerando-se as séries de preços iniciadas em 2004, com todos os valores acima de R$ 2.000/tonelada. Já em termos reais, a atual média no Rio Grande do Sul, de R$ 2.124,43/tonelada, segue recorde (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI). No Paraná, em Santa Catarina e em São Paulo, as médias mensais reais são as maiores desde 2013.