Os preços do açúcar cristal seguem firmes no mercado spot do estado de São Paulo. Na quinta-feira, 17, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal cor Icumsa entre 130 e 180 fechou em R$ 117,76/saca de 50 kg, renovando, portanto, o recorde nominal da série histórica do Cepea, iniciada 1997. De acordo com pesquisadores do Cepea, esses elevados patamares praticados por usinas paulistas têm sido verificados mesmo sem forte aumento na demanda – compradores, no geral, adquirem novos volumes de cristal apenas para atender necessidades pontuais. Assim, a explicação para os atuais valores vem das menores produções de cana e também de açúcar. Pesquisadores do Cepea indicam que outro impulso aos preços domésticos vem do bom desempenho das exportações.
ETANOL: INDICADORES OSCILAM, MAS ALTAS PREVALECEM NA PARCIAL DA SAFRA
Os preços dos etanóis caíram na semana passada no mercado spot do estado de São Paulo. De 14 a 18 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado fechou a R$ 2,8753/litro, recuo de 4,17% frente ao do período anterior. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 3,3691/litro, queda de 2,2% frente ao da semana anterior. Segundo pesquisadores do Cepea, poucos agentes de distribuidoras estiveram ativos no mercado paulista nos últimos dias, atentos à performance das vendas de combustíveis na ponta varejista. Desde o início da safra 2021/22, os preços dos etanóis hidratado e anidro têm registrado fortes oscilações no mercado spot paulista, mas, no geral, as altas prevalecem. No agregado da safra atual (do início de abril até a semana passada), o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado acumula alta de 24,1% (56 centavos de Real/litro) e o Indicador CEPEA/ESALQ do anidro, de 33,4% (84 centavos de Real/litro).
TRIGO: COM DESVALORIZAÇÕES EXTERNA E DO DÓLAR, PREÇO CAI NO BR
Os preços internos do trigo vêm recuando com um pouco mais de força. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem das baixas nos valores externos do cereal e também da desvalorização do dólar frente ao Real – ressalta-se que esse contexto reduz a paridade de importação do trigo. Ainda assim, colaboradores do Cepea relatam que o trigo da última safra disponível no mercado interno não deve ser suficiente até a colheita deste ano. Desta forma, a importação do cereal deve seguir aquecida. Quanto à liquidez doméstica, mesmo com o recuo dos valores, as negociações continuam lentas. Agentes indicam que apenas o mercado de farelo de trigo é que está um pouco mais aquecido.
MANGA: FRIO LIMITA VENDAS DO VALE AO SUDESTE, MAS PREÇOS SE SUSTENTAM
Com o clima mais frio no Sudeste, uma das principais regiões consumidoras do País, a procura por manga diminuiu, dificultando o escoamento da produção nordestina. No entanto, como as temperaturas também caíram no Vale do São Francisco (PE/BA), importante região produtora, o tempo de maturação dos frutos está se prolongando, reduzindo o ritmo de colheita da variedade palmer. Assim, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea apesar das menores vendas ao Sudeste, o volume colhido no Vale (SA:VALE3) tem sido absorvido pelo mercado local. Entre 14 e 18 de junho, o preço médio da palmer na praça nordestina foi de R$ 0,71/kg, leve alta de 1% em relação ao da semana anterior. Já para a tommy, as cotações subiram com mais força, refletindo a oferta da variedade, que, segundo colaboradores, está bastante baixa na região. Entre 14 e 18 de junho, o preço da tommy teve média de R$ 1,06/kg, 5% superior ao da semana anterior.