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Dólar: Agenda política interna e China direcionarão o câmbio nesta semana

Publicado 07.11.2022, 06:00
USD/BRL
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No encerramento da semana passada, o dólar fechou vendido a R$ 5,062. Essa queda foi devido ao otimismo com a economia chinesa, após a publicação de uma notícia de que a China pretende reverter suspensões de voos no início de 2023 e flexibilizar as restrições contra a Covid-19.

Houve entrada de fluxo externo para ativos domésticos. A questão das commodities influencia muito o comportamento da nossa moeda.

Hoje o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se reunir com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), que coordena os trabalhos de transição com apoio da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e do ex-ministro Aloizio Mercadante em São Paulo.

Amanhã será dia da equipe de transição do novo governo se reunir em Brasília, para tratar da nova PEC e tentar acomodar o Bolsa-Família de R$ 600,00. Na mesa, estão duas opões: a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição, a chamada PEC de Transição, ou uso de crédito extraordinário. O mercado aguarda ansioso as novidades sobre a composição do novo governo e, em especial, quem será o ministro da economia. O ambiente político ainda é de muito ruído e pouca informação concreta, dado que não saiu o nome de quem comandará o Ministério da Fazenda.

Nos EUA, é fato que a inflação não para de surpreender para cima. Não apenas nos EUA, mas também na zona do euro. Ao final de uma semana de um Fed “hawkish” e um relatório de empregos bastante “dovish”, o mercado ainda acredita que os juros podem subir mais um ponto percentual, antes de se estabilizar na primavera de 2023.

Muitos acreditam que o fim da alta de juros está próxima por lá. Vamos acompanhar. E nesta semana será a eleição de meio de mandato, que determinará o controle do Congresso.

Na Europa, hoje sairá a produção industrial da zona do euro. Na China, amanhã sairá a inflação ao consumidor e ao produtor e, o mais importante, a nova estratégia de acabar com o programa de Covid Zero, que é muito bom para o Brasil, pois valorizaria as commodities e faria o dólar cair por aqui. E vamos seguir acompanhando a guerra na Ucrânia e seus desdobramentos.

Na agenda de hoje aqui no Brasil sairá o Boletim Focus. Na Europa, o discurso de Christine Lagarde, antes do mercado abrir por aqui. Nos EUA, o discurso de Mester, membro do Fomc. E atenção ao novo horário da B3 (BVMF:B3SA3), que acompanhará os EUA e passará a encerrar às 17h55.

Bons negócios a todos! Excelente semana e muito lucro.

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