O ritmo de alta dos preços da saca de arroz em casca no Rio Grande do Sul perdeu força nesta segunda quinzena de julho.
Com produtores mais ativos e indústrias menos presentes no mercado, o Indicador ESALQ-SENAR/RS subiu ligeiro 0,12% entre 12 e 19 de julho, fechando a R$ 50,65/sc 50kg na terça-feira, 19.
Na parcial do mês (até o dia 19), o Indicador registra alta de 1,24%.
De acordo com colaboradores do Cepea, orizicultores ofertaram maior volume do cereal nos últimos dias no intuito de “fazer caixa”, devido à proximidade dos pagamentos de pré-custeio da temporada 2014/15 e aos gastos de safra, incluindo a compra de insumos para a próxima temporada (2016/17).
Por outro lado, produtores capitalizados continuam retraídos, na expectativa de maior valorização do arroz.
Indústrias, por sua vez, tiveram menor interesse em adquirir arroz “livre” (armazenado nas propriedades rurais), dando preferência ao depositado em seus armazéns.
ALGODÃO: Alta externa e menor oferta no BR impulsionam valores
Ainda que a colheita da safra 2015/16 siga firme, a disponibilidade de algodão em pluma no mercado spot diminuiu nos últimos dias e os preços voltaram a subir.
Atentos às altas nos preços internacionais, vendedores brasileiros se retraíram para entregas rápidas no mercado doméstico, segundo pesquisadores do Cepea.
Assim, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias, referente à pluma 41-4, posta em São Paulo, registrou alta de 3,23% entre 12 e 19 de julho, fechando a R$ 2,6106/lp na terça-feira, 19.
Enquanto tradings estão ativas no mercado externo, cotonicultores se voltam à colheita e ao beneficiamento da pluma da safra 2015/16.
A preocupação quanto ao volume a ser colhido e os compromissos de contratos efetivados antecipadamente fazem com que produtores permaneçam sem interesse em realizar novos contratos.
Do lado comprador, muitos estão cautelosos quanto às altas nos preços, adquirindo apenas o necessário para cumprir entregas rápidas.
Indústrias esperam que, com o avanço da colheita, a oferta de pluma limite a alta nos preços.
OVOS: Cotações do branco se estabilizam, mas as do vermelho, caem
O mercado de ovos brancos segue estável, com a oferta bem ajustada à demanda.
Segundo colaboradores do Cepea, a produção de ovos maiores está ligeiramente reduzida em função dos descartes programados, ocorridos entre o final de junho e o início deste mês.
Além da produção, o consumo diminuiu devido ao frio e ao período de final de mês.
Para os ovos vermelhos, a produção também vem caindo, porém, com diminuição mais intensa na demanda em algumas praças, o que resultou em pequenas quedas nos preços e ligeira sobra de ovos.
Esse cenário foi verificado mesmo com o ovo vermelho registrando maior custo de produção e manejo mais exigente.
Entre 12 e 19 de julho, o preço do ovo tipo extra, branco, a retirar na região de Bastos (SP) se manteve estável, com a caixa de 30 dúzias negociada, em média, a R$ 88,36 na terça-feira, 19.
O mesmo produto colocado na Grande São Paulo se manteve estável no mesmo período, negociado a R$ 94,57 na terça.
Já os preços dos ovos vermelhos, em Bastos, fecharam a R$ 97,83/cx no dia 19, queda de 0,27% em sete dias.
Colocados na Grande São Paulo, os ovos vermelhos passaram para R$ 104,59/cx na terça, ligeira alta de 1,08% em sete dias.