Os preços do algodão em pluma registraram oscilações ao longo de julho, mas, no balanço do mês, caíram um pouco. Vários negócios foram captados pelo Cepea no correr do mês, porém, a maioria envolveu pequenos lotes. Indústria e comerciantes estiveram ativos no mercado, adquirindo o algodão para atender necessidades de curto prazo e/ou cumprir contratos. Segundo pesquisadores do Cepea, indústrias se queixaram da dificuldade no repasse das altas da pluma para os produtos derivados e, com isso, evitaram comprar grandes lotes. Boa parte dos cotonicultores, por sua vez, esteve focada na colheita e no beneficiamento do algodão da safra 2015/16, dando preferência em atender aos contratos realizados antecipadamente. Muitos tiveram receios quanto à quebra na produção desta temporada. Em julho, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias, referente à pluma 41-4, posta em São Paulo, acumulou queda de 1,01%. Entre 26 de julho a 2 de agosto, no entanto, o Indicador subiu ligeiro 0,96%, fechando a R$ 2,6464/lp nessa terça-feira, 2.
ARROZ: Alta perde força em julho, mas média é a maior desde nov/08
Após subir expressivos 14,6% em junho, o Indicador do arroz em casca ESALQ-SENAR/RS acumulou apenas pequeno aumento de 1,3% em julho, fechando o mês a R$ 50,69/sc de 50 kg no dia 29. Apesar da desaceleração, a média de julho, de R$ 50,48/sc, foi a maior, em termos reais, desde novembro de 2008, além de superar em 8,6% a de junho/16 e em 34,2% a de julho/15 (dados deflacionados pelo IGP-DI de junho/16). Apesar da cautela de indústrias quanto a novas compras de casca, especialmente na última quinzena, algumas unidades acabaram cedendo a ligeiras altas para adquirir o produto. Segundo colaboradores do Cepea, com o enfraquecimento das vendas de arroz beneficiado aos grandes centros consumidores em julho, algumas indústrias deram preferência às compras de arroz depositado em seus armazéns. Já em localidades onde os produtores estavam mais capitalizados, beneficiadoras mantiveram firmes os valores pagos para o arroz depositado e “livre” (armazenados nas propriedades rurais). Do lado vendedor, orizicultores disponibilizaram lotes conforme a necessidade de “fazer caixa” e cumprir pagamentos, o que reduziu as vendas de casca na última semana do mês.