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Alphabet afunda com desempenho ruim na nuvem; mau presságio para Techs?

Publicado 25.10.2023, 13:52
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A temporada de balanços das Big Techs continua, após Alphabet (NASDAQ:GOOG) e  Microsoft (NASDAQ:MSFT) apresentaram seus resultados na terça-feira, com desempenhos distintos. Enquanto a Microsoft superou as expectativas dos analistas em todos os segmentos, a Alphabet decepcionou com o crescimento da sua divisão de nuvem. 

Em razão disso, as ações da controladora do Google recuavam mais 9% no pregão de quarta-feira, 25, enquanto as da Microsoft avançaram 2,69%.

Microsoft: lucro e receita em alta e guidance conservador

O resultado do primeiro trimestre fiscal da Microsoft foi bastante aguardado, pois os investidores queriam saber sobre a demanda por seus serviços de nuvem e seus novos produtos de inteligência artificial. A gigante da tecnologia, com sede em Redmond, reportou um aumento no lucro líquido graças a um controle maior das despesas operacionais.

O lucro por ação ficou em US$2,99 com uma receita de US$56,52 bilhões, superando a projeção média dos analistas de um lucro por ação de US$2,65 e receita de US$54,5 bilhões. A receita cresceu 13% na comparação anual.

O lucro líquido também teve um salto expressivo, atingindo US$22,29 bilhões, um aumento de 27% em relação aos US$17,56 bilhões reportados no mesmo período do ano anterior, o que equivale a US$2,35 por ação.

“Com nosso forte início no ano fiscal '24, estou confiante de que, como equipe, continuaremos a entregar um crescimento saudável no próximo ano, impulsionado por nossa liderança em nuvem comercial e nosso compromisso de liderar a onda da plataforma de IA,” declarou Amy Hood, diretora-geral financeira da Microsoft.

O segmento de Intelligent Cloud da Microsoft – que engloba vários componentes-chave como a plataforma de nuvem pública Azure, SQL Server, Windows Server, etc. – mostrou um desempenho robusto, gerando US$24,26 bilhões em receita, refletindo um aumento de 19% e superando o consenso de mercado de US$23,49 bilhões.

A receita do Azure teve um crescimento notável de 29% durante o trimestre, superando facilmente o consenso de 26%. Embora a Microsoft não divulgue valores específicos em dólar para a receita do Azure, considerando moeda constante, a receita do Azure mostrou forte crescimento, acelerando de 27% no quarto trimestre fiscal para 28% no trimestre de setembro.

Na unidade de Productivity & Business Processes, que engloba vários componentes-chave, incluindo as assinaturas do aplicativo de produtividade Microsoft 365, LinkedIn e o software empresarial Dynamics, a Microsoft alcançou uma receita de US$18,59 bilhões, marcando um aumento notável de 13% e superior à estimativa média dos analistas de US$18,19 bilhões.

Durante uma coletiva de imprensa sobre os resultados com analistas, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, mencionou que o aplicativo de comunicação Teams agora possui mais de 320 milhões de usuários ativos mensais, um aumento expressivo dos 300 milhões de seis meses atrás.

No segmento More Personal Computing, que engloba Windows, Xbox, Bing e Surface, a Microsoft reportou uma receita de US$13,67 bilhões. Isso reflete um aumento de 3% na comparação anual e supera as expectativas de US$12,85 bilhões.

"Com Copilots, estamos tornando a era da IA real para pessoas e empresas em todo o mundo", disse Nadella. "Estamos incorporando rapidamente a IA em todas as camadas da oferta tecnológica e para cada função e processo de negócio, visando aumentar a produtividade de nossos clientes.”

Nadella informou na teleconferência que a Microsoft tem mais de 1 milhão de clientes pagantes do Copilot e mais de 37.000 organizações que assinam o Copilot para negócios, um aumento de 40% em relação ao trimestre anterior.

Apesar das ações da Microsoft terem subido cerca de 6% após a divulgação do balanço do primeiro trimestre fiscal, o papel perdeu parte dos ganhos depois que a diretora-geral financeira Amy Hood disse que a gigante da tecnologia espera que sua receita do segundo trimestre fique entre US$60,4-61,4 bilhões, o que está em linha com o consenso dos analistas.

“No Azure, esperamos um crescimento de receita de 26% a 27% em moeda constante, com uma crescente contribuição da IA. O crescimento continua sendo impulsionado pelo segmento de consumo do Azure, e esperamos que as tendências do primeiro trimestre se mantenham no segundo trimestre,” disse Hood.

Alphabet cai com desempenho fraco da nuvem 

As ações da Alphabet (NASDAQ:GOOGL) operavam em queda de mais de 9% no pregão desta quarta-feira, após o gigante das buscas online reportar resultados abaixo do esperado para seu segmento de nuvem. A receita do terceiro trimestre da empresa saltou 11% na comparação anual, o que representa um retorno ao crescimento de dois dígitos.

O lucro por ação foi de US$1,55 por ação, superando a projeção de US$1,45 por ação. A receita foi de US$76,69 bilhões, enquanto os analistas esperavam US$75,97 bilhões.

Sundar Pichai, CEO, declarou o seguinte:

“Estou satisfeito com nossos resultados financeiros e o ímpeto de nosso produto neste trimestre, com inovações impulsionadas por IA em Search, YouTube, Cloud, nossos dispositivos Pixel e mais. Continuamos focados em tornar a IA mais útil para todos; há um progresso empolgante e muito mais por vir.”

O segmento principal de publicidade do Google, que havia apresentado fraqueza, devida à desaceleração econômica e à crescente concorrência do TikTok, reportou receita publicitária de US$59,65 bilhões, mostrando um aumento expressivo em relação aos US$54,48 bilhões no mesmo trimestre do ano anterior.

A receita com publicidade do YouTube também teve bom desempenho, reportando US$7,95 bilhões em faturamento, superando as expectativas dos analistas. A Alphabet disse que o Shorts – concorrente do TikTok do YouTube – agora tem 70 bilhões de visualizações diárias, um aumento substancial em relação aos mais de 50 bilhões de visualizações diárias no início do ano.

A diretora-geral financeira, Ruth Porat, explicou que o aumento da receita foi alçado pelo “crescimento significativo em Search e YouTube, e momento na Cloud.”

“Continuamos focados em alocação prudente de capital para entregar valor financeiro sustentável,” complementou.

Apesar de os investidores conseguirem o que estavam procurando (o retorno dos gastos com publicidade), a Alphabet surpreendeu com um raro desempenho abaixo das expectativas na nuvem. As vendas nesta unidade ficaram em US$8,41 bilhões, abaixo dos US$8,6 bilhões esperados.

O segmento de nuvem conseguiu alcançar um crescimento de 22% na comparação anual, o que é o dobro da taxa de expansão da empresa como um todo. Notavelmente, o negócio também teve um lucro operacional de US$266 milhões, uma mudança significativa em relação ao prejuízo de US$440 milhões reportado no mesmo período do ano anterior.

Durante a teleconferência sobre os resultados, a CFO, Porat, destacou que o negócio de nuvem da empresa continuou a testemunhar força em várias geografias, indústrias e produtos. No entanto, a taxa de expansão “reflete o impacto dos esforços de otimização do cliente.”

“A computação em nuvem é um negócio muito mais irregular do que a publicidade e um onde o Google enfrenta forte concorrência,” disse Max Willens, analista sênior da Insider Intelligence.

“Embora a tração que ele tem entre startups de IA possa dar frutos a longo prazo, atualmente não está ajudando o Google Cloud o suficiente para satisfazer os investidores.”

Em conclusão, enquanto a Alphabet enfrentou desafios com o segmento de nuvem, o crescimento do Azure e da Inteligência Artificial foi decisivo para os resultados positivos da Microsoft, elevando suas ações a um novo patamar histórico.

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