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Alta do Dólar com Dilma é Diferente da Alta com Bolsonaro?

Publicado 24.10.2019, 15:02
Atualizado 14.05.2017, 07:45

Como no artigo anterior (conferir aqui), antes de dar uma resposta, primeiro é necessário trazer a explicação de que a análise se baseia em mercados financeiros, especificamente em movimentos cambiais, por isso representam as expectativas dos agentes (pessoas, instituições etc.) que negociam tais moedas e não necessariamente o andamento econômico no primeiro momento.

De maneira geral, uma boa linha de comparação com a moeda nacional podem ser outras de países emergentes, como os países que compõe o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) ou latinos como Argentina e México. Para reduzir a base de comparação, não usaremos a moeda argentina pela fragilidade cambial do país, Índia e China por terem suas economias mais fortes e câmbio seguindo movimento diverso dos demais. Também foi adicionada a lira turca por conta de movimento dentro do padrão de emergentes, como pode ser verificado abaixo:

Câmbio Era Dilma

As linhas representam as seguintes relações cambiais (lembrando que quanto maior o crescimento do gráfico, mais desvalorizada a moeda do país está):

  • Azul escurodólar com a moeda brasileira

  • Verde– dólar com a moeda mexicana

  • Azul claro – dólar com a moeda russa

  • Amarelo – dólar com a moeda sul-africana

  • Vermelho – dólar com a moeda turca

A seguir o gráfico com três pontos de destaque para caracterizar a movimentação cambial durante o governo Dilma:

Dolar no Governo Dilma

Dólar no Governo Dilma

A partir de 2013 começou a ter uma percepção de que o governo Dilma não estaria indo muito bem, algo que se torna mais perceptível a partir do período 1, com a moeda nacional saindo da menor desvalorização para a segunda mais desvalorizada em pouco mais de dois meses, chegando ser a mais desvalorizada em setembro daquele ano, mesmo com o aumento da taxa de juros do Brasil (tende a segurar o câmbio).

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Após o período 1, a moeda nacional voltou a se estabilizar, ficando novamente apenas acima da relação cambial da moeda mexicana. Essa posição muda na época das eleições, indicada no período 2, onde a moeda nacional volta a estar desvalorizada a patamares similares as demais. Com a vitória de Dilma e preocupação dos agentes econômicos, a moeda brasileira só ficou abaixo da desvalorização da moeda russa, apesar de ser observado uma piora generalizada para as moedas emergentes.

Por fim, o período 3 indica os impactos do impeachment de Dilma, que começou a tomar mais força a partir de final de fevereiro de 2016 e até final de maio a ex-presidente já tinha sido afastada. Esse processo trouxe bastante movimentação e discussão interna, mas de maneira geral levou a moeda nacional a estar novamente até início de agosto (final do gráfico) praticamente com a mesma desvalorização da moeda sul-africana e mais próxima da moeda mexicana.

Finalizada essa análise rápida do câmbio durante a parte final do governo Dilma, agora analisa-se o “período Bolsonaro”, partindo do final da eleição até os dias atuais (só informando que a moeda turca disparou e não pode ser usada de base nesse momento):

Cambio Final Governo Dilma

Cambio Final Governo Dilma

No período 1 identifica-se uma piora mais generalizada para as moedas emergentes, agravado principalmente pela tensão de eleições, algo que muda subitamente no período 2, que representa o impacto do pós-eleições e boas expectativas para o próximo governo.

Como no artigo anterior, temos umas piora geral em maio, o período 3, para as moedas emergentes, com a nacional sendo ainda pior, por problemas políticos internos (dificuldade de alinhar casas do legislativo com o governo). Destaque também que a recuperação da moeda nacional veio de forma mais lenta do que a bolsa nacional, considerando o andamento das reformas após esse período.

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Finalizando, identifica-se no período 4 uma nova piora da questão cambial de forma generalizada, com destaque negativa para a moeda nacional e para a moeda sul-africana. Da parte do Brasil, algum peso maior veio de questões políticas e relação externa malconduzida pelo governo Bolsonaro naquele momento (diretamente as queimadas na Amazônia não impactaram, apenas os reflexos internos e externos do posicionamento do presidente), em conjunto de impacto de cortes da Selic no final de julho e expectativa para o corte de setembro. Após esse período, houve alguma recuperação geral das moedas emergentes, mas a nacional ainda se manteve com desvalorização maior que a russa e a mexicana.

Com isso concluo outra análise e deixo a base do que investidores e interessados podem fazer para descobrir se situações que ocorrem internamente são de real impacto nas expectativas dos agentes econômicos ou é algo que apenas os jornais estão ventilando sem ter impacto real.

Últimos comentários

Eu até poderia concordar, mas daí seriam duas pessoas falando b@sta.
falou muito e não disse nada...
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