Com o clima favorecendo USDA amplia projeção de recorde americano e confirma o comportamento observado no Brasil.
A atualização do Relatório de Estimativas Agrícolas publicada no início da tarde desta segunda-feira (12) pelo Departamento de Agricultura Americano (USDA, na sigla em inglês) apresentou alguns grandes ajustes. O destaque da atualização deste mês está novamente na produção americana de soja, que foi amplamente beneficiada pelo clima favorável do mês de agosto.
Para a cultura da Soja, o relatório trouxe menos ajustes do que o observado há um mês. No Brasil, a projeção para safra 2016/2017 foi corrigida negativamente em 2% para 101 milhões de toneladas. Uma variação ainda de 4,7% em relação ao efetivado na última safra estimada em 96,5 milhões de toneladas pelo Departamento americano. Também na comparação anual os estoques finais apresentam retração de 4%.
Poucos ajustes foram realizados referentes à safra argentina. Os grandes destaques, ficam por conta da redução dos estoques inicias e finais. As principais razões são aumento na exportação, da demanda e do processamento.
A projeção de safra recorde nos Estados Unidos segue subindo, já atingindo 7% em relação à safra anterior. Como o consumo e o processamento pouco tendem a variar, registra-se um grande aumento nos estoques finais. Isso deve pressionar as cotações após a colheita. O USDA espera que os preços em CBOT ficarão entre US$ 8,30 e US$ 9,80.
Ainda que de forma mais tímida, o USDA continua projetando redução nos estoques dos derivados da soja. Os fatores que contribuíram para estes ajustes foram os estoques brasileiros e argentinos de farelo e a produção americana de óleo.
Para o Milho, o Relatório de setembro foi bastante conservador, após os grandes ajustes realizados na edição de agosto. Os destaques seguem sendo, a produção argentina e americana. No Brasil confirmase o aumento da área de milho sobre a soja. No panorama mundial segue projetando-se aumento de 7% na produção e 17% nas exportações.
Em geral, o relatório continua prevendo uma safra recorde de verão nos Estados Unidos, fortemente influenciada pelo clima favorável. O USDA também levou em consideração a rentabilidade das culturas no Brasil e as políticas na Argentina. Assim, os mercados devem responder ainda nesta segunda-feira até o fechamento do pregão as 15:20 no horário de Brasília e no restante da semana de forma negativa para a soja em grão, para o farelo e óleo de soja e para o milho.