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As Soluções Para a Dívida de Via SA: Entrada da Marabraz Ajuda?

Publicado 24.03.2022, 18:47
BHIA3
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A família Fares, dona da Lojas Marabraz, está negociando a compra de 1 bilhão de reais em imóveis que o empresário Michael Klein aluga para a Via (VIIA3 (SA:VIIA3)), segundo noticiou a coluna do jornalista Lauro Jardim no jornal O Globo no domingo, 20.

Os controladores da Marabraz também avaliam, em paralelo, um investimento na própria Via, dona das redes Casas Bahia e Ponto.

Por que importa: Analistas do mercado veem a operação como uma solução para a dívida em um momento conturbado para a Via. Com dinheiro no bolso, Klein poderia investir na empresa por meio de oferta subsequente de ações (follow-on) e reduzir a alavancagem financeira.

O cenário atual: a companhia reportou no quarto tri uma posição de caixa de 6,7 bilhões de reais, enquanto sua dívida gira em torno de 4,5 bilhões de reais. Contudo, a parte de recebíveis de cartão de crédito, equivalente a 3,8 bilhões do montante total, deve ser analisada com mais cuidado, uma vez que as compras parceladas ainda não viraram caixa.

Fonte: RI Via

Assim, desconsiderando a parte de recebíveis de cartão de crédito, a companhia apresentaria uma posição de dívida líquida na casa de 1,7 bilhão de reais, o que representaria uma alavancagem de 1x EBITDA — o que não é nenhum grande risco.

Olhando para o perfil da dívida, vemos que a companhia fez um trabalho de alongamento de dívidas buscando uma melhor saúde financeira. Isso fica claro quando observamos a mudança no perfil da dívida entre o 3T21 (58 por cento, no curto prazo e 42 por cento, no longo prazo) e o 4T21 (22 por cento, no curto prazo e 78 por cento, no longo prazo).

Na minha visão, a dívida atual não é preocupante, porém destaco que em um cenário de dificuldade econômica, juros altos e baixo consumo podem ocasionar uma geração de caixa um pouco mais fraca (ou maior queima de caixa) no curto prazo, tornando a situação da empresa mais delicada à frente.

Por fim, entendo que é muito pouco provável a realização de um follow-on, uma vez que a companhia captou 4,5 bilhões de reais em junho de 2020, fixando as ações a 15,00 reais. Logo, no preço atual (3,40 reais), faria pouco sentido uma nova rodada de emissões de ações. No entanto, há mecanismos financeiros bastante amplos para socorrer as operações em um cenário de maior risco, como emissão de dívida ou debêntures.

Vale a pena investir nas ações da VIIA3?

De maneira geral, apesar de ver com bons olhos os esforços de Via, o momento é bastante complicado para as varejistas. Considero que a inflação no país está se mostrando mais alta e mais duradoura e que isso acaba pressionando o poder de compra do consumidor.

Além disso, acredito que as empresas desse setor devem enfrentar um cenário competitivo bastante desafiador por conta do avanço das gigantes asiáticas Ali Express e Shopee, por exemplo, o que pode prejudicar os resultados esperados para frente.

Por mais que as ações pareçam baratas, as perspectivas futuras da Via ainda são bastante obscuras e a companhia não negocia com ampla margem de segurança. Para mim, é necessário maior visibilidade a respeito dos resultados futuros para pensarmos em investir no papel e, por conta dos riscos, avalio ficar de fora de VIIA3.

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