Neste Boletim Econômico Semanal 052, destacamos:
- Algumas surpresas, como o desempenho do varejo e a redução da Selic, e metas cumpridas, como o IPCA dentro da banda estabelecida;
- Incerteza no país e, em especial, nos EUA, com a posse de Trump;
- Cenário externo apresentando resultados positivos referentes ao final de 2016.
Acompanhe abaixo os principais pontos deste relatório e o conteúdo completo no fim da página.
Cenário econômico
— Balança comercial começou o ano com resultado positivo; IPCA variou positivamente em dezembro, um pouco acima das nossas expectativas, mas fechando o ano dentro da banda da meta (6,29%); as vendas no varejo surpreenderam positivamente a nós e ao mercado ao registrar um volume maior do que o esperado (2% na passagem de outubro para novembro), motivado pela Black Friday; a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), por sua vez, registrou um aumento marginal de 0,1% na passagem de outubro para novembro. A Conab revisou para cima as expectativas para a safra 2016/2017, o que gera dúvidas, uma vez que o cenário internacional é de elevados estoques; o IBC-Br veio acima das nossas expectativas, puxado pelas vendas no varejo em novembro; por fim, a Selic foi reduzida em 0,75 p.p. em decisão unânime do Copom.
Cenário político
— Se o clima político está relativamente tranquilo até então (apesar da incerteza persistente) é por conta do recesso parlamentar que termina no final de janeiro. Até lá, a incerteza no cenário político ainda persiste.
Cenário externo
— O México terminou o ano com uma inflação de 3,36%, dado bastante baixo, mas ainda acima do resultado do ano anterior. Estados Unidos apresentaram o maior valor de vendas no varejo da história em dezembro de 2016. O resultado, incluindo os serviços de alimentação, atingiram US$ 469,1 bilhões com ajuste sazonal. O Departamento de Agricultura dos EUA revisou ligeiramente para baixo a expectativa para os estoques mundiais de soja e milho e, mesmo com essa revisão baixista, o nível de estoques mundiais deverá ser recorde. Outro “recorde" veio do Reino Unido, no qual a produção industrial subiu 2,1% entre outubro e novembro, superando as estimativas da maior parte dos analistas. Por fim, na China, em 2016 as importações e exportações acumularam quedas respectivas de 5,5% e de 7,7%, após retrações de 14,1% e de 2,8% registradas em 2015.
Destaques e perspectivas
— O mercado ajustou para baixo suas expectativas para a taxa de juros para o final de 2017 e de 2018, de acordo com o relatório semanal Focus. E na agenda doméstica, destaque da semana para a divulgação da Ata do Copom, na terça-feira (17/01), que deverá trazer detalhamentos adicionais das condições que propiciaram a intensificação do ritmo de corte da taxa Selic. Na agenda internacional, merecem destaque as divulgações dos dados de atividade da China, na sexta-feira, com os resultados (i) do PIB do quarto trimestre; (ii) das vendas do varejo; (iii) da produção industrial; e (iv) dos investimentos em ativos fixos de dezembro. No mesmo dia, Donald Trump assumirá a presidência dos Estados Unidos. Acompanhe mais indicadores e suas respectivas datas de divulgação aqui.
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