As exportações brasileiras de carne bovina in natura somaram 38,11 mil toneladas na primeira semana de outubro, com média diária de embarques de 7,624 toneladas, de acordo com dados da Secex. Caso esse ritmo seja mantido até o encerramento deste mês, o Brasil pode exportar 160 mil toneladas da proteína. Em setembro, vale lembrar, o Brasil embarcou o segundo maior volume da história para o mês. De acordo com pesquisadores do Cepea, esse cenário atrelado à redução na oferta de animais para abate vêm sustentado os preços da arroba do boi gordo negociado no mercado interno – o Indicador CEPEA/B3 vem operando na casa dos R$ 230 desde o final de setembro.
FRANGO: MÉDIA DIÁRIA DE EMBARQUES AVANÇA EM SETEMBRO
O volume exportado de carne de frango (produtos in natura e processados) e a receita obtida com os embarques recuaram entre agosto e setembro. Todavia, a média diária de exportações aumentou no mesmo comparativo. Segundo dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea, 397,1 mil toneladas de carne de frango foram enviadas ao exterior em setembro, recuo mensal de 11,1% e baixa de 0,6% na comparação com setembro de 2022. A média diária de embarques foi de 18,7 mil toneladas, alta de 3,1% frente à de agosto e 8% superior à registrada há um ano.
SUÍNOS: PREÇOS APRESENTAM MOVIMENTOS DISTINTOS ENTRE AS PRAÇAS
Os preços do animal vivo apresentaram movimentações distintas nesta primeira quinzena de outubro entre as regiões acompanhadas pelo Cepea. As oscilações ocorreram conforme as condições locais de oferta e de procura. No Sudeste, com as negociações mais aquecidas, o cenário foi de alta nos valores. Já no Sul, os valores caíram em algumas praças, influenciados pela oferta. Quanto ao poder de compra de suinocultores paulistas frente aos principais insumos da atividade (milho e farelo de soja), cresceu em setembro frente ao verificado em agosto. Trata-se do segundo mês consecutivo de avanço no poder de compra. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário favorável ao suinocultor foi possível diante dos aumentos nos preços médios de comercialização do animal vivo, que superou o movimento de alta verificado para o milho, e da desvalorização da oleaginosa.