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Boi: Receita de Exportações de Carne in Natura em Julho Foi a Maior da História

Publicado 09.08.2022, 18:22
Atualizado 14.05.2017, 07:45

Os fundamentos de mercado da pecuária nacional verificados ao longo dos últimos anos – oferta restrita no campo e exportações registrando bom desempenho – chegaram a levar os preços da arroba do boi gordo a operarem acima dos R$ 350 (em março deste ano) no estado de São Paulo. Ainda que os valores sigam elevados – na casa dos R$ 320,00 no mercado paulista –, tais fatores já não têm sido suficientes para sustentar os preços acima dos R$ 330. E o que vem limitando novos avanços nos preços do boi é o mercado doméstico. Diante da inflação elevada, a maior parte da população brasileira apresenta restrição orçamentária. Assim, muitos consumidores passam a procurar proteínas com valores mais competitivos, como as carnes suína e de frango e ovos, em detrimento do produto bovino. Quando comparadas as médias de junho e de julho, observa-se valorização de 0,8% para a carcaça casada bovina negociada no atacado da Grande São Paulo, indo para R$ 20,64/kg. E a maior demanda pelas concorrentes é evidenciada pelo movimento de alta um pouco mais intenso que é registrado para as carnes suína e de frango, comercializadas no atacado da Grande São Paulo, que apresentam valorizações de 5,12% e de 4,3%, respectivamente. Em julho, a carcaça especial suína foi negociada à média de R$ 9,86/kg e o frango resfriado, de R$ 8,05/kg. Quanto à arroba bovina (Indicador do boi gordo CEPEA/B3), observa-se avanço de 2% nos valores médios mensais de junho para julho, passando para R$ 324,41. Na comparação anual, contudo, a média atual está 7% inferior à de julho/21, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI junho/22).

EXPORTAÇÕES – A receita obtida com as exportações de carne bovina in natura em julho foi a maior da história. Segundo dados da Secex, a receita foi de US$ 1,09 bilhão no mês, com avanços de 5,15% em relação a junho e de 21,38% frente a julho/21. De janeiro a julho deste ano, o total é de US$ 6,720 bilhões, 52,12% superior na comparação com o mesmo período do ano passado, também de acordo com a Secex. Em moeda nacional, a receita obtida com as vendas da carne bovina ao mercado externo na parcial deste ano é de R$ 34 bilhões, elevação de 45,32% frente aos sete primeiros meses de 2021. Quanto ao volume de carne bovina in natura exportado em julho, somou 167,29 mil toneladas, avanços de 9,59% na comparação com junho e de 0,60% em relação a julho de 2021 – dados da Secex. Esse é o segundo melhor mês de julho da história, atrás apenas do registrado em 2020, quando os embarques totalizaram 169,25 mil toneladas. De janeiro a julho de 2022, o volume exportado é de 1,099 milhão de toneladas, o maior da série da Secex. A alta competitividade da carne brasileira e a dependência do mercado chinês pelo produto nacional justificam esse cenário positivo no front externo.

CUSTOS – No balanço do primeiro semestre de 2022, os custos de produção da pecuária de corte dos sistemas de cria e de recria engorda registraram tendências opostas, conforme indicam pesquisas realizadas pelo Cepea em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). O principal motivo para esse resultado distinto nos gastos desses dois sistemas produtivos foi o animal de reposição. No caso do sistema de cria, de janeiro a junho, o COE (Custo Operacional Efetivo) da pecuária de corte subiu 11,52%, na “média Brasil” (que considera os estados do Acre, Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins). Esse avanço ficou um pouco abaixo do verificado no mesmo período de 2021, quando os custos registravam alta de 13,12%. A elevação no custo desse sistema verificada na primeira metade deste ano está acima da inflação (IGP-DI) do mesmo período, que foi de 7,84%. Dentre os grupos de insumos que mais influenciaram a elevação dos custos do sistema de cria no primeiro semestre esteve a suplementação mineral. De janeiro a junho de 2022, esse item se valorizou de forma consecutiva, acumulando elevação de 18,75% na “média Brasil”. A forte valorização do dólar frente ao Real foi um importante motivo dessa evolução. Mais recentemente, além da demanda sazonal – devido à época de seca e à maior necessidade de suplementar a nutrição do rebanho –, os preços dos sais minerais vêm sendo influenciados pela baixa oferta de produtos. A falta de matérias-primas essenciais e problemas logísticos, como contínuos reajustes no frete, impulsionaram a valorização desse grupo de insumos. Já no caso do sistema de recria e engorda, de janeiro a junho, o COE recuou 5,73%, na “média Brasil”, devido à queda nos preços do bezerro, principal item nos custos do pecuarista recriador. Assim, de janeiro a junho de 2022, a reposição se desvalorizou 11% na “média Brasil”. Essa retração, por sua vez, esteve atrelada à maior oferta de animais, tendo em vista os maiores investimentos em tecnologias por parte de pecuaristas, o aumento de produtividade e, sobretudo, a redução no abate de matrizes.

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