ÁSIA: Os mercados da Ásia fecharam em alta nesta quinta-feira, após alta em Wall Street ajudado por ganhos no setor financeiro e de commodities.
As moedas em toda a Ásia, incluindo o yuan chinês caíram acentuadamente em relação ao dólar dos Estados Unidos, com os mercados sendo pego de surpresa pela decisão do banco central de Cingapura de facilitar a sua política cambial. A Autoridade Monetária de Cingapura utiliza as taxas de câmbio para orientar a política econômica em vez das taxas de juro, fixou a banda de negociação do dólar de Cingapura com base em uma cesta de moedas em zero por cento. A cidade-estado também divulgou uma expansão de 1,8% no PIB primeiro trimestre, ligeiramente acima da previsão de 1,7% em uma pesquisa da Reuters.
O yuan caiu 0,1542% e registrou sua maior depreciação em um dia desde janeiro e o dólar de Cingapura caiu 0,9185%, a maior desvalorização em dia neste ano, enquanto o sul-coreano won também desvalorizou após o partido de situação perder a maioria parlamentar, levantando dúvidas sobre a capacidade do governo de avançar com as reformas econômicas.
As moedas asiáticas se fortaleceram contra o dólar nas últimas semanas, em parte graças ao fato do Federal Reserve ter sinalizado que iria aumentar as taxas de juros em um ritmo mais lento neste ano do que o anteriormente esperado. Autoridades políticas do G-20 se comprometeram em uma reunião em fevereiro para evitar uma guerra cambial.
No Japão, o Nikkei subiu 3,23%, para 16,911.05, o maior ganho diário desde 2 de março, após nova fraqueza do iene em relação em relação ao dólar. Nas últimas sessões, o índice ficou sobre pressão quando o iene quebrou a barreira dos 108 por dólar. O iene foi negociado a ¥ 109,39 por dólar, depois de tocar em 107 nesta semana. A forte pressão ienes afeta os lucros das empresas japonesas, tornando suas exportações mais caras. Os investidores apostam que a fraqueza do iene soou como um sinal para o BoJ tomar alguma medida de facilitação. O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda disse na quarta-feira em Nova York que o banco central não hesitaria em tomar novas medidas de flexibilização em uma tentativa de impulsionar a economia estagnada. Isso seria, em teoria, aumentar os lucros das empresas e atrair investidores para suas ações no mercado.
Na Austrália, o ASX 200 fechou em alta de 1,27%, em 5,118.60 pontos, impulsionado por um avanço de 1,51% no subíndice financeiro. Os chamados quatro grandes bancos do país subiram entre 1,33% e 2,64%. A gigante BHP Billiton subiu 5,3% para US$ 18,87, Rio Tinto (LON:RIO) subiu 2,6% para US$ 48,60, enquanto a mineradora de minério de ferro Fortescue Metals Group, que subiu 70 por cento em 2016, fechou estável em US$ 3,19.
Mercados chineses fecharam em alta, após oscilar durante a sessão. O Shanghai Composite adicionou 0,52%, para 3.082,54 pontos, enquanto o Shenzhen Composite subiu 1,02%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng ganhou 0,76%. O Índice MSCI China, um índice que monitora empresas chinesas listadas em Hong Kong e nos EUA, atingiu a maior alta do ano de alta na quarta-feira, sugerindo que os investidores estrangeiros estão menos pessimistas com o país.
O Índice de Shanghai, que é composta em grande parte dos pequenos investidores domésticos, começou o ano com enormes perdas e continua em baixa de cerca de 13% no ano, no entanto, os ganhos recentes tem impulsionado mais de 15% de seu nível mais baixo neste ano no final de janeiro.
Os preços do petróleo recuaram durante o horário da Ásia, após a Reuters informar que o ministro do petróleo russo Alexander Novak disse em entrevista a portas fechadas que um acordo sobre um congelamento da produção de petróleo programado em Doha vai ser vagamente moldado com alguns compromissos e lançaram duvidas sobre o acordo e qualquer resultado possa ser apenas simbólico, com probabilidade mínima da OPEP cortar produção total em relação aos atuais níveis.
A australiana Santos avançou 1,22% e a japonesa Inpex subiu 2,65%, enquanto no continente, Sinopec caiu 2,65%.
EUROPA: As bolsas europeias operam sem direção em uma sessão instável, com os investidores cautelosos em meio ao deslize dos preços do petróleo e início da temporada de resultados. O pan-europeu STOXX 600 abriu em queda de 0,2% e agora sobe 0,08%, depois de fechar na quarta-feira no nível mais alto desde 14 de março.
A queda do petróleo ocorre com investidores aguardando a reunião de domingo em Doha, Qatar, onde os principais produtores de petróleo discutirão um possível congelamento na produção. A expectativa é mista, com alguns temendo que as nações do petróleo não sejam capazes de chegar a um acordo, a não ser que o Irã também concorde. A Agência Internacional de Energia disse que qualquer acordo para congelar a produção não vai mudar os mercados de petróleo, já que os estoques começaram a se reequilibrar. Se a reunião de Doha no domingo decepciona, ambos os mercados de petróleo e ações podem afundar despencar. As ações da Subsea 7 caem 1,98%, BP recua 1,22% e Statoil perde 0,68.
O FTSE 100 do Reino Unido recua, com os investidores permanecendo cautelosos antes da decisão e minuta do banco da Inglaterra. Os dados devem ser liberados ao meio-dia, horário de Londres ou 8h00 horário de Brasília. O banco central deve manter a sua principal taxa de empréstimos em uma baixa recorde de 0,5%, onde fixou desde março de 2009. A ata da reunião será examinada para qualquer menção sobre o referendo do Reino Unido, o Brexit, a ser realizado em 23 de Junho.
O setor de mineração estava entre as maiores quedas, com as ações perdendo força, após ganhos sólidos no início da semana após o lançamento de dados melhores do que o esperado nas exportações da China e otimismo com os preços do petróleo. Anglo American (LON:AAL) cai 2,03%, Randgold Resources (LON:RRS) perde 2,88% e Glencore (LON:GLEN) cai 1,04%.
A fabricante de bens de consumo Unilever (LON:ULVR) estava em território negativo depois de dizer que as vendas subiram 4,7%, em linha com as expectativas.
AGENDA DO INVESTIDOR: EUA
9h30 - CPI (Consumer Price Index) (índice de preços ao consumidor considerando uma cesta fixa de bens e serviços) e o Core CPI (mede os preços ao consumidor, considerando a mesma cesta com exceção dos custos relativos à alimentação e energia);
9h30 - Unemployment Claims (número de pedidos de auxílio-desemprego);
11h00 - Discurso do membro do FOMC Jerome H. Powell;
14h01 - 30-y Bond Auction (leilão de títulos de 30 anos do governo dos EUA);
ÍNDICES MUNDIAIS - 7h30:
ÁSIA
Nikkei: +3,23%
Austrália: +1,27%
Xangai Composite: +0,52%
Hong Kong: +0,85%
EUROPA
Frankfurt - Dax: +0,10%
London - FTSE: +0,02%
Paris CAC 40: -0,01%
Madrid IBEX: -0,10%
FTSE MIB: -0,22%
COMMODITIES
BRENT: -0,29%
WTI: -0,29%
OURO: -0,57%
COBRE: -0,44%
SOJA: -0,66%
ALGODÃO: -1,49%
MILHO: -0,74%
ÍNDICES FUTUROS
Dow: -0,04%
SP500: -0,07%
NASDAQ: -0,08%
Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuito, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.