A oferta restrita de café robusta no Brasil está elevando o interesse de compradores pelo arábica de bebida inferior. Conforme colaboradores do Cepea, para composição dos blends de café, torrefadoras têm buscado como alternativa ao robusta do tipo 7/8, o arábica tipo 7 (bebida rio). Com isso, os preços do arábica tipo 7 estão subindo com força no mercado brasileiro, acompanhando as fortes altas dos valores dos grãos mais finos. Neste início de novembro, a média de preços do café arábica tipo 7 (bebida rio) nas principais regiões produtoras atingiu R$ 485,12/saca de 60 kg, patamar recorde quando analisada a série mensal do Cepea (valores deflacionados pelo IGP-DI de setembro/16). Alguns negócios pontuais deste grão já chegam a ser fechados a R$ 500,00/sc. Mesmo diante desse cenário, muitos produtores se mantêm retraídos, à espera de novos aumentos.
Arroz: Com fraca demanda e poucos negócios, preço do casca segue em queda
Neste começo de novembro, indústrias demonstraram baixo interesse por novas aquisições de arroz em casca, preferindo liquidar o produto depositado em seus armazéns, principalmente nas regiões onde as chuvas foram frequentes na última semana. Segundo pesquisadores do Cepea, algumas beneficiadoras reduziram os valores ofertados para as novas aquisições de casca. Do lado vendedor, orizicultores também estiveram pouco presentes no mercado, focados nas atividades da nova temporada. Apenas aqueles com necessidade de “fazer caixa” entraram no mercado para negociar. Nesse cenário de baixa liquidez, o Indicador ESALQ/SENAR-RS recuou ligeiro 0,4% entre 1º e 8 de novembro, fechando a R$ 48,86/sc de 50 kg na terça-feira, 8.
Algodão: Vendedor se retrai e liquidez é baixa neste início de mês
O mercado de algodão em pluma registra baixa liquidez neste início de novembro, especialmente devido à retração de vendedores. De 1º a 8 de novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias, referente à pluma 41-4, posta em São Paulo, esteve praticamente estável, fechando a R$ 2,5162/lp nessa terça-feira, 8. Segundo pesquisadores do Cepea, boa parte dos vendedores não tem interesse em negociar, devido à baixa disponibilidade de pluma de qualidade 41-4 e superior e às oscilações dos valores internacionais e do dólar. Apesar de certo interesse por novas aquisições, muitos compradores resistem em aumentar os valores pagos pelo algodão. Comerciantes, por sua vez, estão mais flexíveis, por conta dos contratos de pluma a serem entregues.