O café registrou avanço nesta semana no mercado internacional, puxado por fatores técnicos, em meio à ausência de novidades nos fundamentos.
Na Bolsa de Nova York, o contrato "C" com vencimento em maio de 2018 encerrou a sessão de ontem a US$ 1,2395 por libra-peso, com avanço de 295 pontos. Na ICE Futures Europe, o vencimento maio do café robusta subiu US$ 17, negociado a US$ 1.768 por tonelada.
Mesmo perdendo força na quinta-feira, o dólar comercial ainda acumulou valorização de 0,4% na semana, comercializado a R$ 3,2548, mas não exerceu influência sobre o mercado futuro do café.
A divisa se enfraqueceu com o depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, que disse faltar evidências de que a economia norte-americana esteja muito aquecida, além do anúncio feito pelo presidente Donald Trump de que cumprirá sua promessa de campanha e imporá tarifa sobre a importação de alumínio (10%) e de aço (25%).
No Brasil, os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon ficaram em R$ 437,48/saca e R$ 313,35/saca, com variações de 0,5% e -2,3%, respectivamente.
Conforme a instituição, o arábica foi puxado pelo avanço internacional e do dólar, o que atraiu vendedores ao spot, permitindo a realização de alguns negócios. Já o mercado do robusta segue praticamente paralisado, com a retração dos vendedores.