Os contratos futuros do café tiveram desempenho negativo no acumulado da semana, sendo influenciados pelo início dos trabalhos de colheita no Brasil e também pela força do dólar.
A moeda norte-americana subiu diante da cautela de investidores antes da definição dos Estados Unidos em relação ao acordo nuclear do Irã, o que elevou a demanda em nível mundial. Investidores também acreditam que o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) deverá aumentar os juros quatro vezes até fechar 2018. Seguindo o ritmo externo, o dólar também se fortaleceu ante o real, encerrando a sessão de ontem a R$ 3,5467, alta de 0,6% na semana.
Na Bolsa de Nova York, o contrato "C" com vencimento em julho/2018 recuou 305 pontos na comparação com a sexta-feira passada, negociado a US$ 1,1955 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento julho do café robusta ficou cotado a US$ 1.743 por tonelada, declinando US$ 70 na semana.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que o tempo será instável nesta sexta-feira em parte do Estado de São Paulo e se generaliza no fim de semana, em função da passagem de uma frente fria que está no oceano.
O Serviço Meteorológico alerta, ainda, que pancadas de chuva mais intensas ocorrem nas faixas oeste e sul, mas todas as áreas continuam com condições para ventos de intensidade moderada a forte. Devido ao aumento da nebulosidade, as temperaturas devem diminuir.
No Brasil, apesar do início dos trabalhos de colheita em algumas áreas, o mercado segue praticamente parado, à medida que os preços não agradam os vendedores e também por causa da alta incidência de verde nos primeiros frutos colhidos. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para os cafés arábica e robusta ficaram em R$ 444,31/saca e a R$ 326,88/saca, respectivamente, com perdas de 1,5% e 1,1%.