A colheita do arábica da safra de 2021/22 começou efetivamente em boa parte das lavouras do Brasil nos últimos dias. Pesquisadores do Cepea indicam que os trabalhos ainda estão no início, devido à grande quantidade de grãos verdes, mas devem ganhar força gradualmente nas próximas semanas, com o pico de colheita esperado para meados de junho e início de julho. Apesar do início das atividades – quando as cotações do café costumam ser pressionadas pela oferta da nova safra –, os valores domésticos do arábica têm avançado em maio, especialmente nos últimos dias. Na terça-feira, 26, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, fechou a R$ 825,11/sc, forte alta de 5,4% em relação ao dia 30 de abril. Neste caso, o suporte vem especialmente da retração de vendedores no País e do avanço dos futuros da variedade na Bolsa de Nova York (ICE Futures).
ARROZ: INDICADOR RETORNA À CASA DOS R$ 80/SC; COLHEITA SE ENCERRA NO RS
A maior oferta e a demanda enfraquecida por arroz têm elevado o excedente disponível, o que pressionou as cotações nos últimos dias. Assim, segundo dados do Cepea, as cotações retornaram ao patamar dos R$ 80,00/saca de 50 quilos. Entre 18 e 25 de maio, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros (média ponderada e pagamento à vista), recuou 3%, fechando a R$ 80,57/sc de 50 kg nessa terça-feira, 25. No campo, a colheita da temporada 2020/21 foi encerrada no Rio Grande do Sul, de acordo com dados da Emater/RS divulgados no dia 20. De modo geral, orizicultores estão satisfeitos com a produtividade das lavouras. Nos demais estados produtores, dados da Conab apontam que, até o dia 15, a colheita havia alcançado 97% da área total no Tocantins, 94,4% em Mato Grosso e 50% no Maranhão.
ALGODÃO: PREÇO INTERNO DA PLUMA SE ENFRAQUECE
Os valores internos do algodão em pluma se enfraqueceram nestas últimas semanas de maio. Segundo pesquisadores do Cepea, compradores, indicando vendas lentas de produtos finais, ofertam valores menores para a aquisição de novos lotes de pluma no spot. Já do lado vendedor, muitos cotonicultores, em especial, se mantêm retraídos e/ou firmes em suas posições, mas alguns agentes cedem à pressão compradora. Diante disso, entre 18 e 25 de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ recuou 0,18%, fechando a R$ 5,1876/lp nessa terça-feira, 25.
TOMATE: OFERTA REDUZIDA SUSTENTA VALORES; PRODUTIVIDADE E QUALIDADE SÃO POSITIVAS
As baixas temperaturas vêm controlando a oferta de tomates nas regiões produtoras, visto que retardam a maturação dos frutos. Além disso, a safra de verão está terminando, enquanto a de inverno ainda não ganhou ritmo, o que também ajuda a enxugar a disponibilidade do fruto no mercado. Esse cenário tem sustentado os valores em patamares acima dos custos de produção, apesar da demanda enfraquecida. Na média parcial de maio (até o dia 24), o preço do tomate salada, ponderado pela classificação, está em R$ 35,02/cx, 11% acima das estimativas de custos. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, a produtividade e a qualidade dos frutos nas praças de inverno estão muito boas, visto que o clima seco e as temperaturas amenas favorecem o desenvolvimento das plantas. Em Sumaré (SP), apesar de alguns problemas com traça e ácaro-branco, que foram bem controlados, a produtividade registrada em abril foi de 400 cxs/mil pés.