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Café: Com estoque apertado, 2025 deve ser mais um ano remunerador à cafeicultura

Publicado 06.01.2025, 08:57
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O ano de 2025 promete ser novamente desafiador para a cafeicultura nacional e mundial, sobretudo no que se refere ao atendimento da demanda global. Segundo pesquisadores do Cepea, os preços domésticos e externos, que já operam em patamares recordes, devem permanecer elevados, tendo em vista uma projeção de curto prazo sem grandes aumentos de produção, estoques apertados do grão e demanda mundial firme. No Brasil, já são quatro safras em que a produção não renova o recorde – 2020/21 foi a última temporada em que o volume colhido ficou acima de 60 milhões de sacas, de acordo com dados da Conab. E essa sequência de safras aquém do esperado foi prejudicada pelo clima desfavorável. Pesquisadores reforçam que a temporada 2025/26, que será colhida em meados de 2025, ainda terá reflexos do comportamento do clima de 2024. Além do Brasil, o clima de 2024 também prejudicou a safra do Vietnã, segundo maior produtor global de café. Ou seja, ao menos no curto prazo, não existem variáveis que indiquem alguma recuperação consistente de estoques ou mesmo redução forte de consumo. Além disso, com o setor mais remunerador e com o poder de compra favorecido, produtores puderam realizar os tratos culturais de modo adequado, o que, por sua vez, pode garantir o suprimento de nutrientes e minimizar os impactos climáticos sobre a produção. No front externo, as exportações brasileiras de café apresentaram excelente desempenho em 2024 e esse cenário deve se persistir em 2025, sobretudo no caso do robusta. De acordo com pesquisadores do Cepea, além do contexto mundial de baixa oferta e de demanda aquecida, o Real desvalorizado eleva a competitividade do café brasileiro e deixa as exportações mais atrativas ao vendedor nacional. Assim, a expectativa é de que os embarques voltem a superar a casa das 40 milhões de sacas em 2024/25.

CITROS: Novamente, oferta da safra 25/26 deve ficar abaixo da demanda

Mesmo com o retorno das chuvas a partir de outubro de 2024, o cenário para a safra 2025/26 de laranjas do estado de São Paulo e do Triângulo Mineiro ainda é incerto. As flores abertas em meados de outubro, após as precipitações, foram consideradas volumosas, mas o desenvolvimento da temporada ainda dependerá do clima no decorrer da safra. Se a temporada 2025/26 ainda é incerta, a safra 2024/25 foi estimada pelo Fundecitros em 223,14 milhões de caixas de 40,8 kg de laranja, redução de 27,4% frente a 2023/24. Essa produção muito aquém dos padrões para o cinturão citrícola de São Paulo e do Triângulo Mineiro deve levar a um cenário de estoques de suco de laranja praticamente zerados ao fim da temporada, sendo necessário uma safra 2025/26 muito boa para que se tenha ao menos uma leve recuperação. De fato, cálculos do Cepea indicam que nem mesmo uma diminuição nas exportações brasileiras de suco de laranja em 2024/25 será suficiente para impedir uma queda acentuada no volume de suco armazenado, o que manterá elevada a necessidade de matéria-prima por parte das fábricas. Além disso, o estado norte-americano da Flórida tem registrado recuo nos estoques e precisará importar mais insumo brasileiro, o que colabora ainda mais com a sustentação das cotações aqui no Brasil. Em paralelo a essa condição de produção e estoques apertados no Brasil, na Flórida, dados divulgados em dezembro pelo USDA indicam que a produção da safra 2024/25 de laranjas deve somar 12 milhões de caixas de 40,8 kg, forte queda de 20% frente ao relatório de outubro. Além do greening, a quebra se deve à passagem do furacão “Milton” pelo estado norte-americano no começo de outubro deste ano, que atingiu boa parte das fazendas produtoras de laranja.

FEIJÃO: Setor espera que as exportações sigam recordes em 2025

Em um ambiente em que o consumo doméstico está relativamente estável há pelo menos oito safras, o crescimento do cultivo de feijão só tende a encontrar sustentação nas exportações. E, de fato, a expectativa de agentes do mercado de feijão consultados pelo Cepea/CNA é de que as vendas externas de 2025 registrem bom desempenho, especialmente após os recordes de registrados em 2024. Segundo pesquisadores do Cepea, 2025 caminha para um cenário desafiador, marcado por maior oferta e crescimento do excedente doméstico, que, por enquanto, será o maior da história. Estimativa de dezembro da Conab indica excedente de 561,5 mil toneladas de feijão na temporada 2024/25, superior às 551,9 mil toneladas da safra anterior. Assim, o escoamento externo será essencial para sustentar as cotações. Em termos agregados, até o momento, a Conab estima produção da safra 2024/25 em 3,36 milhões de toneladas, 3,5% superior à da safra anterior. Por enquanto, a Conab estima que 169 mil toneladas sejam exportadas em 2025. Se isso ocorrer, o estoque final, em dezembro/25, seria de 392,5 mil toneladas, o maior volume em relação ao consumo em 15 anos, sendo motivo de pressão sobre as cotações.

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