Os futuros do café arábica encerraram uma sequência de três semanas negativas na Bolsa de Nova York. Mesmo com pressão da entrada da nova safra do Brasil, a queda do dólar comercial e a possibilidade de chuvas no cinturão produtor forneceram suporte para o desempenho positivo.
Hoje (5), o vencimento julho/20 do contrato "C" encerrou a sessão a US$ 0,9890 por libra peso, acumulando ganhos de 260 pontos em relação à sexta-feira anterior. Na ICE Europe, o vencimento julho/20 do café robusta avançou US$ 64 no mesmo intervalo, fechando o pregão a US$ 1.233 por tonelada.
Segundo a Somar Meteorologia, o tempo não apresenta condições para frio extremo nos cafezais do Brasil, sem risco, portanto, de geadas. Contudo, a incidência de chuvas atípicas para esta época do ano pode atrapalhar o andamento da colheita e prejudicar a qualidade do grão.
Para o sábado, o serviço prevê precipitações no oeste, centro e leste de São Paulo. Com o avanço da frente fria no domingo, a chuva se espalha por todo o território paulista e alcança o sul de Minas Gerais e grande parte do Rio de Janeiro. No Espírito Santo e demais áreas mineiras, o tempo fica firme, sem previsão de precipitações.
O dólar comercial encerrou o pregão de ontem a R$ 5,1315, acumulando desvalorização de 3,9% na comparação com a semana antecedente. A moeda foi pressionada pelo ambiente político menos agitado no Brasil, com a redução de atritos entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Internamente, as cotações recuaram, sendo pressionadas pelo andamento da colheita da safra 2020. O mercado permanece relativamente calmo, com poucos negócios fechados. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon se situaram em R$ 493,35/saca e R$ 335,04/saca, com perdas de 3,9% e 2,8%, respectivamente.