Os preços internos e externos do café arábica registram bom ritmo de recuperação neste mês, de acordo com pesquisas do Cepea. Na parcial de novembro (até dia 19), a média do Indicador CEPEA/ESALQ do café tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, foi de R$ 459,83/saca de 60 kg, alta de 9% frente à de outubro. Esse cenário fez com que compradores e vendedores consultados pelo Cepea retornassem ao mercado, elevando o volume comercializado de café da safra 2019/20 em novembro. Assim, segundo levantamento do Cepea, a quantidade de café negociada nas regiões acompanhadas ultrapassou os 60% do total produzido na temporada. Em relação ao robusta, os preços também avançaram. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 teve média de R$ 301,02/sc de 60 kg na parcial do mês (até o dia 19), elevação de 4,4% em relação a outubro. Este cenário e a maior demanda pela variedade elevaram a liquidez interna, especialmente para o café robusta tipo 7/8. Na primeira quinzena de novembro, o volume de café da safra 2019/20 comercializado no Espírito Santo estava próximo de 60%. Em Rondônia, as vendas estão ainda mais avançadas, sendo que aproximadamente 85% do volume total produzido já estava comprometido.
ARROZ: DÓLAR FAVORECE ALTA DO CASCA NO BR
De acordo com pesquisas do Cepea, os preços do arroz em casca registraram alta no mercado interno, impulsionados, principalmente, pela valorização do dólar. Além disso, as maiores paridades de exportação e importação, puxadas pela taxa de câmbio, também favoreceram as saídas do produto colhido em 2019. De 12 a 19 de novembro, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, subiu 0,5%, fechando a R$ 46,54/sc de 50 kg na terça-feira, 19. Quanto à safra 2019/20, o levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), divulgado em novembro, apresentou queda de 1,62% na produção interna em relação ao mês anterior. Espera-se que a oferta nacional fique em 10,472 milhões de toneladas, volume 0,21% superior à temporada anterior. A disponibilidade interna pode alcançar 12,1 milhões de t, volume 1,13% inferior ao de 2018/19.
ALGODÃO: COM BAIXA OFERTA DE PLUMA DE QUALIDADE, LIQUIDEZ SE REDUZ
Ainda que a produção nacional de algodão em pluma da safra 2018/19 tenha sido elevada e que a expectativa seja de excedente disponível internamente, a maior parte do beneficiamento tem sido destinada a cumprimento de contratos aos mercados interno e externo. Com isso, pesquisas do Cepea apontam que pouco volume de pluma de alta qualidade tem sido ofertado no spot brasileiro. Nesse cenário, muitos compradores consultados pelo Cepea alegam dificuldades em adquirir lotes com a qualidade desejada. No caso da pluma de menor qualidade, demandantes pressionam os valores. Esse contexto tem resultado em baixa liquidez no mercado doméstico. Entre 12 e 19 de novembro, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, ficou estável (+0,07%), fechando em R$ 2,5594/lp nessa terça-feira, 19. Em novembro (até o dia 19), o Indicador ainda acumula alta de 1,89%.